Questão 4 - 2º dia - Segunda fase - Unicamp 2012

Por Oficina do Estudante

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Passar de Reino a Colônia
É desar [derrota]
É humilhação
que sofrer jamais podia
brasileiro de coração.

A quadrinha acima reflete o temor vivido no Brasil depois do retorno de D. João VI a Portugal em 1821. Apesar de seu filho Pedro ter ficado como regente, acirrou-se o antagonismo entre "brasileiros" e "portugueses" até que, em dezembro de 1821, as Cortes de Portugal determinaram o retorno do príncipe. Se ele acatasse, tudo poderia acontecer. Inclusive, dizia d. Leopoldina, "uma Confederação de Povos no sistema democrático como
nos Estados Livres da América do Norte".

(Adaptado de Eduardo Schnoor,"Senhores do Brasil", Revista de História da Biblioteca Nacional, nº. 48. Rio de Janeiro, set. 2009, p. 36.)

a) Identifique os riscos temidos pelas elites do centro-sul do Brasil com o retorno de D. João VI a Lisboa e a pressão das Cortes para que D. Pedro I retornasse a Portugal.

b) Explique o que foi a Confederação do Equador.

Respostas

a) Com o retorno de D. João VI a Lisboa, em 1821, as elites do centro-sul temiam a recolonização do Brasil, ou seja, receavam a perda da autonomia econômica adquirida a partir de 1808, com abertura dos portos, além de outros privilégios que a presença da Corte no Brasil proporcionava. Além disso, também havia o risco de perda de autonomia política, uma vez que a partir de 1815 o Brasil passara a ser Reino Unido de Portugal, deixando de ser sua colônia.

b) A confederação do Equador foi um reflexo do descontentamento com a Carta outorgada de 1824 e representou uma tentativa separatista de implantar o Regime Republicano na Província de Pernambuco. A Confederação contou com o apoio das populações das Províncias de Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, e foi liderada por Frei Caneca e Cipriano Barata. A violência desencadeada para reprimir o movimento agravou a imagem absolutista/autoritária de D. Pedro I, desgaste este que culminou na sua abdicação em 1831.