Criado em 1998 com o objetivo de avaliar o desempenho dos estudantes no fim da educação básica, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) se tornou um dos principais meios de acesso ao ensino superior do Brasil. Com o passar dos anos, os participantes ganharam mais possibilidades de usar a nota do Enem.
A intenção do Ministério da Educação (MEC) é democratizar as vagas disponibilizadas em instituições federais de ensino superior, além da concessão de bolsas, parciais e integrais, na rede privada. Atualmente, o estudante que realiza o Exame tem algumas possibilidades quanto ao modo de utilizar a nota do Enem para dar continuidade aos estudos.
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Universidades públicas
Todas as universidades federais, e algumas estaduais, aceitam o Enem para ingresso nos cursos de graduação. A maioria das federais aderiu ao Enem como critério único para todas as vagas, enquanto outras aderiram para parte das vagas. Há também universidades públicas que exigem o Enem como complementação de nota ou primeira fase do vestibular.
O principal modo de ingressar em universidades públicas é através do Sistema de Seleção Unificado (SiSU), que oferece vagas em universidades federais, estaduais e nos Institutos Federais (IFs). Nesse caso, é necessário que o candidato tenha feito o Enem no ano imediatamente anterior ao que está se candidatando e não ter zerado a nota da redação.
Universidades particulares
Não é só na educação pública que o Enem é usado como vestibular. Alguns estudantes ingressam em universidades da rede privada por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni).
Já que o programa concede bolsas de 100% do valor da mensalidade para candidatos com renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio. Assim como, fornece bolsas de 50% para candidadatos com renda familiar per capita de até três salários mínimos.
No entanto, é preciso que os candidatos se enquadrem em alguns critérios, por exemplo:
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Ter cursado o ensino médio completo em escola da rede pública.
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Ter cursado o ensino médio completo em escola da rede particular, na condição de bolsista integral da própria escola.
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Ter cursado o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em escola da rede particular, na condição de bolsista integral da própria escola privada.
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Ser pessoa com deficiência.
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Ser professor da rede pública de ensino, no efetivo exercício do magistério da educação básica, integrante de quadro de pessoal permanente de instituição pública e concorrer a bolsas exclusivamente nos cursos de licenciatura. Nesses casos, não há requisitos de renda.
Há, ainda, a possibilidade de financiar os estudos a partir de recursos do governo federal. O Programa de Financiamento Estudantil (Fies) tem taxa de juros abaixo da praticada pelo mercado e contempla estudantes que alcançaram média mínima de 450 pontos no Enem e comprovem renda familiar mensal per capita de até três salários mínimos.
Estudar em Portugal
Desde 2014, estudantes podem usar a nota do Enem para estudar em Portugal. Atualmente, são mais de 30 as instituições que possuem acordo com o Ministério da Educação (MEC) e acolhem os candidatos egressos do ensino médio no Brasil.
Cada estabelecimento possui critérios próprios de seleção. O desempenho mínimo e os custos com mensalidades, hospedagem e alimentação também variam conforme a universidade e a cidade onde está localizada.