Cursar uma faculdade é o sonho de muitos estudantes que veem na universidade a principal chance de melhorar de vida, afinal, o mercado de trabalho é bastante exigente e quem não passa pela diploma fica atrás na corrida por um bom emprego.
Contudo, nem sempre é possível pleitear uma vaga em uma universidade federal ou estadual. A alta concorrência e a desigualdade entre o ensino público e privado dificultam o ingresso de quem não tem condições de pagar um bom cursinho particular.
Neste caso, é a hora de tentar as universidades privadas. Inclusive, existem excelentes instituições que oferecem a mesma qualidade das federais. No entanto, o valor das mensalidades, exorbitante dependendo do curso, é o principal fator pelo qual estudantes ficam de fora destas faculdades.
Como forma de auxiliar o ingresso de estudantes neste tipo de situação, existem as bolsas de estudos ou os financiamentos estudantis. Você sabe a diferença de cada um?
Tópicos deste artigo
- 1 - Bolsas de estudo e financiamentos. Qual a diferença?
- 2 - Tipos de bolsas de estudo
- 3 - Tipos de financiamentos
Bolsas de estudo e financiamentos. Qual a diferença?
A bolsa de estudo é um auxílio financeiro cedido ao estudante para que, com ele, seja possível arcar com as despesas de uma graduação paga. Esta ajuda pode ser no valor integral, quando é cedido o valor total do custo do curso, ou parcial, quando parte da graduação é paga pelo agente financiador e a outra parte fica a cargo do estudante e/ou seus responsáveis, como a família.
Já os financiamentos estudantis funcionam semelhante a um empréstimo financeiro, no qual é cedido o valor necessário para o pagamento da Universidade e, após a conclusão do curso, o indivíduo formado realizará o pagamento do dinheiro emprestado pelo financiamento. Cada financiamento possui as suas regras, pré-requisitos e prazos de carência determinados em contrato.
Tipos de bolsas de estudo
ProUni
A bolsa mais usada no país trata-se do Programa Universidade para Todos (ProUni), do Governo Federal. Foi criado pela Lei n° 11.096, de 13 de janeiro de 2005, com o intuito de ofertar bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior. Por meio da nota obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os estudantes concorrem à vagas em cursos de graduação e sequências de formação específica.
As bolsas integrais são fornecidas aos estudantes que comprovarem renda bruta familiar inferior a um salário-mínimo e meio por pessoa. Os estudantes com renda familiar que não excede três salários-mínimos por pessoa podem concorrer às bolsas parciais (50%).
Para conseguir o ProUni, além de preencher o requisito renda, é preciso ter realizado o Enem alcançando no mínimo 450 pontos de média na média das cinco disciplinas além de:
- ter estudado o ensino médio completo em instituições da rede pública de ensino;
- ter estudado o ensino médio completo em instituições da rede privada de ensino como bolsista integral da própria escola;
- ter estudado o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em escola da rede privada, na condição de bolsista integral da própria escola privada.
Também são contemplados com o ProUni pessoas com deficiência; professores da rede pública de ensino, no exercício da docência na educação básica e constituindo o quadro de pessoal definitivo da instituição pública e que concorram a bolsas exclusivamente nos cursos de licenciatura.
Bolsa empresa
Neste caso, as empresas oferecem bolsas de estudo aos funcionários para capacitá-los e qualificá-los. Nesse tipo de bolsa não há regra específica para a seleção em virtude de a iniciativa partir da própria empresa, porém, o empregado beneficiado precisa atentar ao curso escolhido. O indicado é investir num curso ou graduação que esteja relacionada com a sua área de atuação, dentro do segmento em que trabalha. Leia mais sobre Bolsa empresa aqui!
Bolsa deficiência
Não são muitas as instituições privadas que utilizam deste tipo de bolsa, mas a Bolsa Deficiência tem como objetivo auxiliar alunos com algum tipo de deficiência, seja ela física, sensorial ou de qualquer outro tipo, a fazer um curso superior nas mesmas condições e qualidade do que outros jovens.
Informações sobre Bolsa deficiência!
Por meio de uma ajuda de custo oferecida, o estudante tem a possibilidade de arcar com outras despesas decorrentes do curso, seja com gastos de deslocamento ou na aquisição de materiais que auxiliem o seu desempenho no decorrer das aulas.
Bolsas Filantrópicas
As bolsas de estudo filantrópicas são ofertadas pelas universidades conhecidas como confessionais ou comunitárias, já que são obrigadas por lei a fornecer esse benefício aos seus alunos desprovidos e necessitados que não possuem renda suficiente para pagar pelo estudo. As regras para este tipo de bolsa de estudos é definido pela própria universidade.
Tipos de financiamentos
Fies
O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), criado em 1999 pelo Ministério da Educação (MEC), é o mais conhecido dos financiamentos estudantis e funciona subsidiando as mensalidades em cursos de graduação para estudantes que estejam regularmente matriculados em instituições privadas de educação superior, com foco em estudantes de baixa renda.
Além de praticar taxas de juros e encargos abaixo do que é cobrado no mercado, o FIES permite aos estudantes pagar as mensalidades financiadas após o final do curso. Conforme o caso, as prestações não podem comprometer mais que 10% da renda familiar.
Para participar é necessário que o estudante tenha feito alguma edição do Enem a partir de 2010 e tenha obtido média acima de 450 pontos sem zerar a redação.
Bolsas Restituíveis
Algumas faculdades particulares trabalham com o que é chamado de bolsas restituíveis. Neste caso, a instituição de ensino define os critérios e os valores do empréstimo a serem concedidos. Geralmente, são beneficiados com essas bolsas aqueles estudantes que tenham melhores rendimentos.
Crédito PRAVALER
Aderido por um número considerável de universidades do país, o financiamento estudantil Crédito Universitário PRAVALER é um programa de concessão de crédito privado, que age por meio de parcerias com as universidades.
Com este financiamento, o estudante pode estender o prazo do pagamento das mensalidades sem a necessidade de pagar o valor cheio. Ele paga uma parcela por mês até a sua quitação, podendo incluir no parcelamento as mensalidades em aberto que possua com a instituição de ensino.
Assim, parte do pagamento é feito enquanto ele estuda e a outra parte depois de formado. No entanto, é necessário ter um fiador para solicitar o crédito PRAVALER.