Atualidades Vestibular e Enem - março de 2021
Mês foi o mais letal desde que a pandemia do coronavírus foi anunciada há pouco mais de um ano, no dia 11 de março de 2020
Além das disciplinas tradicionais, os vestibulares e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) costumam cobrar nas provas temas da atualidade. O Brasil Escola preparou uma lista de alguns dos temas que foram destaque no mês de março de 2021.
Para saber mais sobre cada tema, basta clicar nos hiperlinks e acessar as reportagens dos portais Folha de São Paulo, UOL, Estadão, Agência Brasil, além de artigos do Brasil Escola.
Brasil
Pandemia
O mês de março de 2021 foi considerado o mais letal no Brasil desde o início da pandemia da doença Covid-19. Atualmente, o país registra a maior média diária de mortes de todo o mundo. Em seguida, vêm Estados Unidos, Índia, França e Rússia.
A pandemia do coronavírus completou um ano desde que foi anunciada no dia 11 de março de 2020 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os números de março bateram novos recordes. Veja abaixo:
- 10 de março: primeira vez que mais de 2 mil pessoas morreram no Brasil pela Covid-19 em um único dia. Ao todo, foram contabilizadas 2.349 mortes.
- 23 de março: novamente, mais um recorde: o Brasil teve 3 mil mortes em apenas 24 horas.
- 24 de março: nesse dia, foram registradas mais de 300 mil mortes no Brasil desde o início da pandemia.
- 31 de março: o dia mais letal de março e desde o início da pandemia contou com 3.869 mortes em 24 horas no Brasil. O dado representa duas mortes a cada cinco minutos.
A alta no número de contágios se deve à segunda onda da Covid-19 e às novas variantes do vírus. No dia 31 de março, foram registrados mais de 12 milhões de contaminados em todo o país. A maioria das pessoas se concentra no estado de São Paulo (mais 2,4 milhões).
Ao longo do mês, as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de quase todos os estados brasileiros ficaram lotadas, chegando a 100% de ocupação em algumas cidades. Pessoas chegaram a morrer à espera de um leito de UTI.
Medidas restritivas
Para tentar conter o número de contaminados pelo coronavírus, a maioria dos estados adotou medidas restritivas, como fechamento de comércio e atividades não essenciais. Algumas cidades contaram com toque de recolher à noite para evitar que as pessoas saíssem às ruas.
Mesmo com o colapso de hospitais públicos e até privados e adoção de lockdown em grande parte do Brasil, foram registradas aglomerações em praias, festas, parques, entre outros locais.
Novo ministro da saúde
No dia 15 de março, o presidente Jair Bolsonaro exonerou o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, e anunciou o novo comandante da pasta. Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, foi o escolhido. Com essa nomeação, é a terceira vez que Bolsonaro muda de ministro da saúde desde o começo da pandemia.
Dois dias depois da sua nomeação, Queiroga anunciou que vai adotar novas medidas durante a pandemia. Confira algumas:
- Unificar os procedimentos médicos que devem ser adotados em pacientes hospitalizados por coronavírus em todo o Brasil
- Triplicar a atual taxa de vacinação a curto prazo e imunizar 1 milhão de pessoas por dia, mesmo com poucas doses de vacinas disponíveis
- Criar uma secretaria específica para discutir medidas de combate à Covid
Vacina Astrazeneca
Os países europeus declararam que a medida foi tomada por “precaução”, devido aos relatos de formação de coágulos sanguíneos em pessoas que foram vacinadas.
No dia 12 de março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu registro definitivo à vacina Astrazeneca. Até então, o imunizante somente tinha registro emergencial. Dias depois, a agência brasileira destacou que não havia perigo de formação de coágulos.
Butanvac
No dia 26 de março, o governo do estado de São Paulo anunciou a criação da primeira vacina contra a Covid-19 que será desenvolvida pelo Instituto Butantan. Os testes do imunizante, que será semelhante à vacina da gripe, devem começar em abril.
No entanto, a Butanvac - como se chamará a vacina - depende da aprovação da Anvisa. Caso seja liberado, o imunizante começará a ser fabricado em maio.
Saiba mais sobre o Instituto Butantan
A butanvac foi divulgada pelo governador de São Paulo, João Dória, como a primeira vacina contra o coronavírus 100 % nacional. Contudo, o hospital Mount Sinai, de Nova York (EUA), comentou que o Instituto Butantan usou pesquisa desenvolvida no país norte-americano. Dória minimizou esse comentário, ressaltando que toda tecnologia é válida neste momento.
Vacina Janssen
A Anvisa aprovou, no dia 31 de março, o uso emergencial da vacina da Janssen, que é do grupo Johnson & Johnson. O imunizante é de dose única e deve começar a ser aplicado a partir de julho.
Vacinação
Até a tarde do dia 31 de março, 16 milhões de brasileiros foram vacinados, o que significa 8% da população. Mato Grosso do Sul, Bahia e Amazonas foram os estados que aplicaram mais vacinas até o momento (mais de 10% das pessoas do estado).
Confira como está a vacinação em todo mundo
Medicamento contra Covid
A Anvisa informou, no dia 12 de março, o registro do primeiro medicamento para pacientes hospitalizados com Covid-19: o antiviral Remdesivir. O remédio ainda está em fase de estudos.
Poderão usar o medicamento pessoas com mais de 12 anos e que pesem 40 kg, pelo menos, e que estejam internados com pneumonia, mas sem ventilação mecânica.
O Remdesivir está sendo usado desde novembro de 2020 nos Estados Unidos de maneira emergencial. Contudo, a OMS não recomenda o uso desse remédio desde outubro.
Lula elegível novamente
No dia 8 de março, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), resolveu anular todas as condenações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltadas à Operação Lava Jato.
Fachin constatou que 13ª Vara Federal de Curitiba não tinha competência para julgar os casos do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e do Instituto Lula. Agora, os processos serão analisados pela Justiça Federal do Distrito Federal.
Com essa decisão, Luiz Inácio Lula da Silva volta a ter seus direitos políticos e pode ser eleito novamente. O ex-presidente governou o Brasil de 2003 a 2011.
Veja como foi o governo de Lula
Sérgio Moro
O ex-juiz federal Sergio Moro foi considerado parcial, pela maioria dos ministros do STF, no processo em que julgou culpado o ex-presidente Lula no caso do tríplex em Guarujá. Moro foi ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro de janeiro de 2019 a abril de 2020.
PIB
No dia 3 de março, foi anunciado que o Brasil ocupa, agora, a 12ª economia do mundo. Até 2019, o país estava entre as dez maiores, ocupando a 9ª posição.
A queda se deve ao tombo histórico de 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Os setores da economia de indústria e serviço tiveram queda de 3,5% e 4,5% respectivamente. Somente houve alta no setor de agropecuária (2%).
Saiba o que é Produto Interno Bruto (PIB)
Mudança de ministros
No dia 29 de março, Bolsonaro fez mais uma reforma ministerial. Desta vez, o presidente alterou o comando destes seis ministérios:
- Casa Cívil: saiu o general Braga Netto e entrou o general Luiz Eduardo Ramos
- Ministério da Justiça e Segurança Pública: saiu André Mendonça e entrou o delegado da Polícia Federal Anderson Gustavo Torres
- Ministério da Defesa: saiu o general Fernando Azevedo e entrou o general Walter Souza Braga Netto
- Ministério das Relações Exteriores: saiu Ernesto Araújo e entrou o embaixador Carlos Alberto Franco França (atual cerimonial da Presidência)
- Secretaria de Governo da Presidência da República: saiu Ramos e entrou a deputada federal Flávia Arruda (PL)
- Advocacia-Geral da União (AGU): saiu Valdemar Costa Neto e entrou o ministro André Mendonça no posto deixado por Levi
Forças armadas
Três comandantes das Forças Armadas foram demitidos no dia 30 de março pelo novo ministro da Defesa. O comunicado foi feito em uma reunião tensa. Saíram os seguintes comandantes: Edson Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Moretti Bermudez (Aeronáutica).
Antes do anúncio, os três representantes das Forças Armadas pretendiam sair em solidariedade à demissão do general Fernando Azevedo. Os nomes dos novos comandantes ainda não foram divulgados.
Mundo
10 anos Guerra da Síria
A Guerra da Siria completou dez anos no dia 15 de março. O conflito começou cidade de Deraa, ao sul do país. A população era contra o presidente Bashar al-Assad, que governa a Síria desde 2000, quando sucedeu seu pai, Hafez al-Assad, no poder. Eles se direcionavam contra o autoritarismo existente no país e pelo desejo de um futuro mais democrático.
Essa guerra é entendida como um desdobramento da Primavera Árabe, a série de protestos populares que se espalhou por nações do norte da África e do Oriente Médio, exigindo governos menos corruptos, mais democracia e melhoria na qualidade de vida da população.
O saldo desse conflito é terrível. Estima-se que até 600 mil pessoas possam ter morrido nessa guerra. Além disso, a guerra foi responsável pela destruição de boa parte da infraestrutura do país, o que prejudicará seu desenvolvimento nas próximas décadas.
Confira tudo sobre os dez anos da Guerra da Síria
Dia mundial da água
O Dia Mundial da Água foi comemorado em 22 de março. Essa data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para lembrar da importância da água na vida de todos os seres vivos.
30 anos do Mercosul
No dia 26 de março, foram comemorados os 30 anos de criação do Mercado Comum do Sul (Mercosul). Nessa data, foi realizada reunião comemorativa na qual Bolsonaro defendeu a ampliação das negociações comerciais com países de fora do bloco.
O Tratado de Assunção, documento que oficializou a criação do Mercosul, foi assinado na cidade de Assunção, capital do Paraguai. Inicialmente, somente integravam o bloco o Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Hoje, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname são países associados.
Leia mais detalhes sobre o Mercosul
Canal de Suez
O meganavio Ever Given, que é um enorme navio de carga, encalhou no da 23 de março no Canal de Suez, no Egito. Isso aconteceu depois que o navio foi atingido por uma rajada de vento. Desde então, houve grande congestionamento durante seis dias. O desbloqueio somente ocorreu no dia 29 de março.
O Canal de Suez é uma das passagens mais importantes de todo o comércio mundial, sendo que, ao todo, cerca de 12% passa pelo local.