Atualidades Vestibular e Enem - fevereiro de 2021

Segunda onda da pandemia está sendo mais grave no Brasil e obrigou governantes a fecharem o comércio em várias cidades.
Por Adriano Lesme

Crédito da foto: Photocarioca / Shutterstock.com
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Fevereiro de 2021 foi um mês difícil para os brasileiros. A alegria do Carnaval foi substituída pelo desespero do agravamento da pandemia de coronavírus. No mundo, a situação não é muito diferente.

Separamos os assuntos mais comentados no mês, com links para notícias de portais como UOL, Folha, G1, BBC, Agência Brasil e outros. Também há links para textos do Brasil Escola.

Tópicos deste artigo

Brasil

Agravamento da Pandemia

O Brasil passa pelo pior momento desde o início da pandemia, em abril de 2020. No dia 25 de fevereiro, foram registradas 1.582 mortes pela covid-19, um recorde. A pandemia de coronavírus agravou nesse início de ano pelo relaxamento da população nas comemorações de Natal e Ano Novo e pela falta de medidas mais rígidas de distanciamento social por parte dos governantes.

Houve colapso do sistema de saúde público e privado em vários estados. Segundo levantamento da Fiocruz, a ocupação das unidades de terapia intensiva (UTI) dedicadas a infectados pelo novo coronavírus chegou ao pior nível. A situação é mais grave nos estados do Amazonas, Ceará, Paraná, Rondônia e Santa Catarina.

Por causa do agravamento, alguns governadores e prefeitos estão decretando o fechamento do comércio e até o “lockdown”, que restringe a circulação de pessoas. Estados como São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia e Goiás, além do Distrito Federal, endureceram as medidas para conter aglomerações.

Mais de 252 mil pessoas já morreram em função da covid-19 no Brasil, o segundo país em número de mortes. Nos Estados Unidos morreram mais de 510 mil pessoas.

Vacinação

A vacinação contra a covid-19 aumentou em fevereiro, mas ainda em ritmo lento. Estima-se que cerca de 6,5 milhões de brasileiros tomaram a primeira dose da vacina, o que corresponde a 3% da população. Os imunizantes CoronaVac e Oxford/AstraZeneca necessitam de duas doses.

Uma outra vacina que pode ser aplicada no Brasil é a das farmacêuticas Pfizer e BioNTech, que obteve aprovação definitiva da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 23 de fevereiro. Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Espanha e Israel são exemplos de países que vacinaram sua população com esse imunizante. No entanto, o Governo Federal não comprou nenhuma dose até o momento.

Leia também: 5 mitos sobre a vacina

Desemprego recorde

A pandemia também atingiu em cheio a economia do país. A taxa de desemprego bateu recorde em 2020, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de 13,5% verificada em 2020 corresponde a cerca de 13,4 milhões de pessoas.

Para socorrer as pessoas que estão passando dificuldade financeira, o Governo Federal vai voltar com o auxílio emergencial a partir de março. Serão quatro parcelas de R$ 250.

Eleições na Câmara e Senado

No início de fevereiro foram eleitos os novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado. Arthur Lira (PL) foi eleito para a Câmara e Rodrigo Pacheco (DEM) para o Senado. As vitórias de Lira e Pacheco foi vista com bons olhos pelo presidente Jair Bolsonaro, que apoiou ambas as candidaturas.

Prisão de deputado bolsonarista

O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) foi preso em flagrante no dia 16 de fevereiro, após postar um vídeo ameaçando ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), propagar medidas antidemocráticas e defender o Ato Institucional nº 5 (AI-5). 

Saiba o que foi o AI-5

No dia 19, a Câmara dos Deputados manteve a prisão do deputado. Silveira terá ainda que enfrentar uma denúncia criminal no STF e corre o risco de ter seu mandato cassado, com a abertura de um processo no Conselho de Ética. Ele também é alvo de dois inquéritos na corte - um por atos antidemocráticos e outro por fake news. Daniel é conhecido por ser um fiel apoiador do presidente Bolsonaro e por ter quebrado uma placa em homenagem a vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018.

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Mundo

Pandemia

Vários países decretaram lockdown em fevereiro após aceleração da pandemia, principalmente na Europa. Em Paris, por exemplo, o confinamento vai durar até final de março. A Alemanha prepara novas restrições e estuda, inclusive, o fechamento da fronteira com a França. Em situação de emergência há algumas semanas, Portugal prorrogou o lockdown. O Reino Unido, que passa pelo seu terceiro fechamento, planeja uma reabertura apenas em junho e estabeleceu quatro condições para a reabertura.

Apesar da situação ser alarmante, alguns países começam a colher frutos da campanha de vacinação. Na Escócia, a primeira dose de vacina reduziu o risco de internação por Covid-19 em até 94%. Uma outra boa notícia é que a aliança Covax Facility, coalizão de mais de 150 países criada para financiar a distribuição das vacinas em países pobres, começou a fazer suas doações. Gana recebeu 600 mil doses da vacina Oxford/AstraZeneca.

Missões Mars e Esperança

No dia 18 de fevereiro, o rover Perseverance, da missão Mars 2020, pousou no planeta Marte. O robô tem o objetivo de fazer imagens, coletas, análises de amostras do solo marciano e procurar sinais de vida microbiana antiga. Uma semana antes, a sonda Esperança, coordenada pelos Emirados Árabes, entrou em órbita do planeta vermelho com o objetivo de gerar um quadro completo da dinâmica meteorológica de Marte.

Concepção artística do rover Perseverance
Crédito: NASA/JPL-Caltech (reprodução)

Terremoto no Japão

No dia 13 de fevereiro, um terremoto de magnitude 7,1 foi registrado no leste do JapãoA Agência Meteorológica do Japão afirmou que considera esse terremoto como um abalo secundário do terremoto de magnitude 9,0 que atingiu a mesma área há quase 10 anos, matando mais de 20 mil pessoas e destruindo três reatores nucleares em Fukushima.

Golpe em Mianmar

No início do mês, o Mianmar sofreu um um golpe militar em resposta à derrota que os militares sofreram nas eleições gerais de 2020. Os líderes do antigo governo foram presos e o país passou a ser governado por um general. A população saiu às ruas para protestar, mas foi repreendida de forma violenta, inclusive com mortes.

Entenda o golpe militar em Mianmar

Príncipe saudita mandou matar jornalista

Relatório da Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) apontou o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Muhammad bin Salman, como mandante da morte do jornalista Jamal Khashoggi, em 2018. O jornalista foi assassinado dentro da embaixada da Arábia Saudita em Ancara, na Turquia, quando foi buscar uma certidão para poder se casar com sua noiva turca. Khashoggi era um crítico ferrenho do governo saudita. 

A Arábia Saudita é considerada uma das mais radicais ditaduras do mundo, mas pouco contestada pelas potências do Ocidente. Muito rico, o país é um grande exportador de petróleo e um dos principais compradores de armas dos Estados Unidos.

Sequestros na Nigéria

Um outro país com pouco respeito aos direitos humanos é a Nigéria. Uma onda de sequestros voltou a acontecer no país, que possui muitas mílicias armadas. Os bandidos sequestram pessoas, principalmente mulheres e crianças, para pedir resgate para o governo.