Atualidades Vestibular e Enem - Janeiro de 2021

O primeiro mês do ano de 2021 chegou com o início da vacinação contra Covid-19 no Brasil. Mas infelizmente, mesmo com a boa notícia, número de casos e mortes crescem de forma acelerada.
Por Érica Caetano

Vacinação da Covid-19 no Brasil / Crédito imagem: Jorge Hely Veiga / Shutterstock
Vacinação da Covid-19 no Brasil / Crédito imagem: Jorge Hely Veiga / Shutterstock
Crédito da Imagem: Jorge Hely Veiga / Shutterstock.com
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O mês de janeiro de 2021 ficou marcado pelo início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil e em diversos países. No entanto, infelizmente, a doença continua contaminando e matando milhares de pessoas. 

Além de notícias relacionadas a pandemia da Covid-19, também separamos outros assuntos do Brasil e do mundo que foram destaque em janeiro de 2021. Todos os assuntos contém links para notícias de portais como o UOL, Folha, BBC, Veja e G1. Clique nos links para saber mais detalhes.

Tópicos deste artigo

CORONAVÍRUS

Brasil supera marca de 200 mil mortes por Covid-19

Terminamos o ano falando da pandemia de Covid-19 e começamos com ela também, já que os números são alarmantes. Em janeiro, o Brasil passou da marca de 200 mil mortes por Covid- 19 pouco menos de dez meses depois de registrar oficialmente a sua primeira morte pelo novo coronavírus. Em mortes, o país só está atrás dos Estados Unidos, onde já morraram 440 mil pessoas.

Mais de 9 milhões de brasileiros já foram contaminados pelo coronavírus, o terceiro país em número de casos. Estados Unidos e Índia são os dois primeiros.

Eficácia Coronavac

Em meio ao caos e a notícia de tantas mortes causadas pelo coronavírus, o mês de Janeiro também trouxe uma esperança aos brasileiros com a divulgação da eficácia da vacina Coronavac. Depois de muitos questionamentos da comunidade científica, o Instituto Butantan divulgou a taxa de eficácia geral da vacina contra a Covid-19 Coronavac, desenvolvida em parceria com a chinesa Sinovac.

O imunizante teve eficácia global de 50,38% nos testes realizados no Brasil. A taxa indica a capacidade da vacina de proteger contra todos os casos da doença, sejam leves, moderados ou graves. Em relação aos casos moderados e graves, a eficácia é de 100%.

Um vídeo divulgado pelo Instituto Butantan viralizou na internet mostra a reação de diretores ao receber a informação sobre a eficácia da CoronaVac.

Anvisa aprova vacinas

No dia seguinte da divulgação da eficácia da Coronavac, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu o pedido para uso emergencial da vacina contra a Covid-19. Foi aprovado uso emergencial de duas vacinas: a Coronavac, do Instituto Butantan e da Sinovac, e a da AstraZeneca-Universidade de Oxford, representada no Brasil pela Fiocruz.

Minutos depois, uma enfermeira de São Paulo, Monica Calazans (foto), de 54 anos, se tornou a primeira pessoa a receber a vacina no país. Do grupo de risco por ser obesa, hipertensa e diabética, ela trabalha em UTI de hospital. 

Colapso saúde Amazonas

O mês também marcou o triste colapso na saúde no estado do Amazonas causado pela pandemia do novo coronavírus. Hospitais sem oxigênio e profissionais da saúde vendo pacientes de Covid morrerem asfixiados, doentes levados a outros estados, cemitérios sem vagas e toque de recolher.

Amazonas entrou em colapso com falta até de oxigêncio para pacientes acometidos pela Covid-19
Crédito imagem: Photocarioca / Shutterstock

A falta de planejamento das esferas federais e locais, além do negacionismos de muitos em relação a pandemia, como o descumprimento das medidas de proteção, são apontadas por especialistas como as causas do caos no estado.

Japão identifica nova variante vinda do Brasil

O Japão anunciou em janeiro que detectou uma nova variante do coronavírus em quatro viajantes que vieram do Brasil. Os passageiros estavam no Amazonas e desembarcaram em Tóquio em 2 de janeiro. Autoridades disseram que a nova cepa é diferente das que foram identificadas no Reino Unido e na África do Sul, mas ainda não há evidências de que ela seja também mais infecciosa.

OMS alerta sobre a pandemia no Brasil

O diretor de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, declarou este mês que a situação do Brasil na pandemia de Covid-19 continua a ser "muito preocupante".  Segundo o diretor, a única forma de resolver o problema no Brasil é suprimir a transmissão comunitária, com união das esferas de governo e das comunidades locais.

Gestão do Brasil na pandemia é a pior do mundo

O Instituto Lowy avaliou a reação à pandemia em 98 países e colocou em último lugar o Brasil, atrás de nações como o México, Colômbia, Irã, Estados Unidos e Bolívia. Para avaliar a performance de cada país em relação a pandemia, o instituto australiano levou em consideração seis diferentes indicadores: casos e mortes confirmadas, casos por milhão de habitantes, mortes por milhão de habitantes, número de casos em proporção com o número de testes e testes feitos a cada mil pessoas. 

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Mundo

Coronavírus - Mundo supera 100 milhões de casos de Covid-19

Ainda falando sobre a pandemia do novo coronavírus, janeiro teve outra marca tristeO mundo ultrapassou 100 milhões de casos confirmados de infecção pelo coronavírus Sars-Cov-2, segundo contagem mantida pela Universidade Johns Hopkins. Uma em cada 76 pessoas no planeta foi diagnosticada com Covid-19. EUA, Brasil e Índia lideram a lista de países mais afetados. O total de mortes associadas à Covid-19 no mundo passa de 2,1 milhões.

Coronavírus - Incêndio na fábrica de vacinas da Índia

Um incêndio de grandes proporções atingiu um prédio em construção no complexo do Instituto Serum, na Índia, maior produtor de vacinas do mundo. Ao menos cinco pessoas morreram. A produção de doses para Covid-19 não foi afetada e, segundo o governo local, o incêndio teria começado devido a uma falha elétrica.

Coronavírus - Mortes após vacinação

Médicos na Noruega estão investigando as mortes de 23 pacientes idosos que receberam a vacina contra o novo coronavírus da Pfizer/BioNTech, incluindo a possibilidade de que reações adversas à injeção terem contribuído para um desfecho fatal em alguns pacientes frágeis.

O comitê de vacinas da Alemanha também fez uma atualização da recomendação em relação ao produto desenvolvido pela AtraZeneca em parceira com a Universidade de Oxford, informando que o imunizante contra a Covid-19 deve ser administrado apenas a pessoas com menos de 65 anos. Para justificar a nova recomendação, os especialistas citaram a falta de dados suficientes em relação a grupos de idade mais avançada.

Congresso dos EUA é invadido

Apoiadores do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, invadiram o Congresso dos Estados Unidos no início do mês. Eles entraram no Capitólio durante a sessão que certificaria a vitória de Joe Biden nas eleições de novembro, forçando a saída abrupta de parlamentares e a interrupção da cerimônia. Cinco pessoas morreram durante a invasão, sendo um policial e quatro manifestantes. 

A tentativa de golpe entra para a história dos Estados Unidos. A insistência de Trump em parmenecer no poder causou um colapso no Partido Republicado.

Pedido de impeachment contra Trump

Após a invasão do Capitólio, a oposição democrata na Câmara dos Representantes iniciou os trâmites para um processo de impeachment contra Donald Trump. O partido apresentou formalmente uma acusação contra Trump por "incitação a uma insurreição", em referência à invasão do Capitólio. 

Após alguns dias, a Câmara dos Estados Unidos aprovou a abertura do processo de impeachment. Foram 232 votos a 197. Todos os democratas votaram a favor, e a maioria dos republicanos votou contra, mas ocorreram dez dissidências entre os deputados do partido.

Agora, o pedido de impeachment segue para o Senado, com julgamento previsto para iniciar em 8 de setembro. No entanto, como Trump já não é mais o presidente, o impeachment teria efeito simbólico. Trump não perderia nenhum dos benefícios de um ex-presidente, como pensão e proteção do serviço secreto.

Há uma chance pequena de Trump ser impedido de concorrer às eleições de 2024. Para isso acontecer, o impeachment deve ser aprovado no Senado e depois ser feita mais uma votação sobre a elegibilidade.

Biden toma posse como presidente dos EUA

E, finalmente, no dia 20 de janeiro o democrata Joe Biden foi empossado como o 46º presidente dos EUA numa cerimônia em frente ao Capitólio, em Washington. Kamala Harris também foi oficializada como a 49ª vice-presidente do país. A cerimônia também marcou o fim da era Trump.

Joe Biden do Democratas foi empossado como o 46º presidente dos EUA
Crédito imagem: Stratos Brilakis / Shutterstock

 Biden já iniciou seu mandato revogando a ordem de Trump que proibiu transgêneros servirem nas Forças Armadas.

Ruptura definitiva Reino Unido e UE

Mas nem só de pandemia da Covid-19 marcaram os assuntos noticiados no mês de Janeiro. O início de 2021 foi o marco da ruptura definitiva do Reino Unido com a União Européia, mais de quatro anos após os britânicos votarem pelo Brexit. O país já deixara o bloco em janeiro de 2020, mas agora chega ao fim do período de transição, marcando a saída britânica do mercado comum e da união aduaneira. 

Entenda o Brexit

Justiça nega extradição de Assange

Um tribunal em Londres decidiu que o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, não deve ser extraditado para os Estados Unidos, onde ele enfrenta acusações de violação de uma lei de espionagem e conspiração para obter documentos secretos. A juíza Vanessa Baraitser afirmou que não extraditaria Assange por haver um risco real de que ele poderia cometer suicídio.

Coreia do Sul descriminaliza aborto 

A Coreia do Sul descriminalizou o aborto. O direito à interrupção voluntária da gravidez, antes só aceito para vítimas de estupro ou em casos de risco à saúde da gestante, agora é extensivo a todas as mulheres. A lei que criminalizava o aborto foi retirada no primeiro dia do ano de 2021 da legislação do país. No final do ano passado, a Argentina também descriminalizou o aborto. Já no Brasil, o presidente Bolsonaro se manifestou dizendo que jamais deixaria isso acontecer no país.

Massacre no Níger por jihadistas

Um ataque a 100 civis do Níger por jihadistas no início de Janeiro foi considerado um dos piores massacres civis no país da África Ocidental. A chacina ocorreu entre os dois turnos da eleição presidencial nigerina e é um desafio para a democracia de uma das nações mais pobres do mundo. O Níger tenta estabelecer uma democracia, mas jihadistas promovem ataques para tentar controlar algumas partes do país. 

Governo da Holanda renuncia

O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, anunciou a renúncia de seu governo, assumindo a responsabilidade por um escândalo em que milhares de famílias – muitas de origem estrangeira – foram falsamente acusadas de fraude no recebimento de benefícios sociais e injustamente obrigadas a pagar milhares de euros cada. Fiscais multaram mais de 10 mil famílias por fraude de subsídios governamentais, mas o cálculo dos funcionários públicos estava errado.

Tratado de proibição de armas nucleares

O primeiro tratado para banir as armas nucleares entrou em vigor. O pacto internacional foi ratificado por 51 países, embora nenhum seja potência nuclear. A Alemanha, que hospeda ogivas nucleares americanas, também não assinou o documento. O Tratado da ONU sobre a Proibição de Armas Nucleares proíbe seus signatários de produzir, armazenar, vender e usar armas nucleares.