Com duas medalhas de ouro e duas de prata, cinco estudantes brasileiros trouxeram para o país o prêmio de 3ª melhor equipe do mundo na Olimpíada Internacional de Economia (IEO – International Economics Olympiad), realizada em Moscou, capital da Rússia, entre 14 e 22 de setembro.
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A equipe brasileira foi composta pelos estudantes Henrique Lasecivius (medalha de prata na IEO), Marcio Akira Imanishi (medalha de ouro), Tomás Aguirre Lessa Vaz (medalha de prata), Rafael Carlini (medalha de ouro) e Kenzo Bonora, todos de São Paulo. A delegação foi liderada por Raphael e Gabriel Zimmerman, estudantes de graduação que ajudaram os competidores na preparação para a Olimpíada Internacional de Economia.
Como foi a Olimpíada?
A IEO, como é conhecida a competição, contou com a presença de 15 equipes de estudantes do ensino médio, representando 13 países. Os competidores tiveram que resolver desafios de planejamento financeiro pessoal, teoria econômica e business case.
Com sua pontuação geral, a equipe brasileira ficou em 3º lugar, atrás somente da Letônia e da Rússia, 1ª e 2ª colocadas, respectivamente. A Comissão Julgadora da IEO foi composta por especialistas no setor econômico, entre os quais estiveram o prêmio Nobel em Economia e professor da Universidade de Harvard, Eric Maskin, e o ministro da Economia e Desenvolvimento da Rússia, Azer Talybov.
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Um dos medalhistas, Henrique Lasecivius, 17 anos, destacou a fala de um dos professores presentes na IEO sobre a importância da Economia, a qual o fez refletir sobre o papel deste tipo de evento. "A gente pensa, por exemplo, em química, biologia, medicina como sendo matérias muito importantes porque elas ajudam a salvar diversas vidas, aí quando olhamos para um mundo em que um terço das mortes são por causas que poderiam ter sido evitadas por uma melhor distribuição de alimento, com uma melhor distribuição de vacina, a gente percebe que a Economia também tem um papel fundamental em salvar vidas, já que a Economia trata justamente de como alocar recursos que são escassos para a população".
Preparação
A classificação para a IEO é feita pelo desempenho obtido na etapa nacional da competição. Foram classificados para a competição internacional os cinco melhores colocados na Olimpíada Brasileira de Economia (OBECON).
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A OECON aborda conceitos básicos da Economia como Micro e Macroeconomia, Educação Financeira e Comportamental e História Econômica e, para isso, os estudantes utilizaram a própria bibliografia recomendada pela organização e estudaram em grupo com outros alunos.
Na etapa nacional, Henrique conquistou ouro e se classificou para a IEO, na qual conseguiu a prata. De acordo com o estudante, a preparação para a fase brasileira foi feita por conta própria, passando a ter apoio da Comissão Brasileira para a competição internacional. Os selecionados também foram auxiliados por alunos de graduação da área de economia.
Importância de Olimpíadas Escolares
As olimpíadas escolares são uma forma de desenvolver o conhecimento sobre as disciplinas na prática e com situações do cotidiano, aproximado o aluno do conteúdo.
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Conhecer novos aspectos de uma disciplina é um ganho que vem com as competições escolares. "Participar de olimpíadas escolares me tirou da zona de conforto e fez com que eu estudasse tópicos que jamais estudaria", ressalta o medalhista Henrique, participante de competições educativas desde o 7º ano do ensino fundamental.
Como estudar para Olimpíadas?
Conhecer a competição é muito importante para nortear os estudos. Os sites de cada olimpíada costumam trazer exemplos de provas e material de apoio. Videoaulas também auxiliam no aprendizado dos conteúdos e podem ser acessadas de forma gratuita.
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Como as olimpíadas cobram assuntos mais complexos dos que os vistos em sala de aula, o desafio é ter motivação. Na opinião de Henrique Lasecivius, o que auxilia nos estudos é se juntar com outras pessoas que tenham o mesmo interesse. Além disso, conversar com professores também ajuda no esclarecimento de dúvidas.
Olimpíadas x Vestibular
Entrar no mundo das olimpíadas escolares pode aprofundar o interesse dos estudantes por uma ou mais áreas do conhecimento. As competições ajudam na preparação para o Vestibular e proporcionam a troca de ideias com profissionais atuantes no mercado, pesquisadores e estudantes com propósitos em comum.
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De acordo com Henrique, que se prepara para o vestibular de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), uma tática de estudo é tentar ir além do que a prova pede, buscando conhecer mais sobre o assunto tratado. A prática é semelhante à preparação para as olimpíadas escolares e pode se aplicar facilmente aos vestibulares e Enem.