Assuntos de História que mais caem no Enem

Você sabe quais são os assuntos de História que mais caem no Enem? Confira a seguir!
Por Tiago Soares Campos

Imagem listando os assuntos de História do Brasil e de História geral que mais caem no Enem.
No Enem, História é cobrada na prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
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Os assuntos de História que mais caem no Enem são os seguintes:

  • História do Brasil:
    • Período Colonial;
    • Independência e Período Imperial;
    • Primeira República;
    • Era Vargas e Regime Militar;
    • Período Contemporâneo.
  • História Geral:
    • Antiguidade;
    • Idade Média;
    • Renascimento e Expansão Marítima;
    • Revoluções Modernas;
    • Século XX e Guerras Mundiais;
    • Globalização e Conflitos Contemporâneos.

Para uma preparação eficaz para a prova de História no Enem, é essencial focar nos períodos mais recorrentes, desenvolver a análise crítica, relacionar passado e presente, praticar com questões anteriores e utilizar recursos multimodais, organizando um cronograma que contemple esses conteúdos centrais.

Leia também: Como estudar para História no Enem?

Tópicos deste artigo

Como História é cobrada no Enem?

A prova do Enem cobra temas de História, mas alinhavados a temas das outras áreas das Ciências Humanas. Isso porque a organização temática da prova do Enem se dá de forma a integrar conhecimentos de diversas disciplinas em cada uma das áreas mencionadas. As questões são geralmente contextualizadas e muitas vezes exigem que os estudantes façam conexões entre diferentes campos do saber.

  • Ciências Humanas e suas Tecnologias: essa área do exame engloba disciplinas como História, Geografia, Filosofia e Sociologia. As questões nessa área buscam avaliar a compreensão dos processos históricos, sociais, políticos e econômicos, bem como a relação entre o espaço geográfico e as dinâmicas sociais. A prova explora temas como movimentos sociais, cidadania, ética, cultura, conflitos globais, globalização, e os impactos das transformações econômicas e tecnológicas na sociedade.

História do Brasil no Enem

Nos últimos cinco anos, o Exame Nacional do Ensino Médio tem abordado a História do Brasil com uma frequência significativa, refletindo a importância desse conteúdo na formação dos estudantes e na compreensão da identidade nacional. A análise dos temas e a quantidade de questões relacionadas à História do Brasil mostram uma consistência no foco do exame em determinados períodos e eventos históricos.

De 2019 a 2023, foram aplicadas aproximadamente 180 questões de História no Enem, com uma média de 36 questões por ano. Destas, cerca de 40% a 45% estiveram diretamente relacionadas à História do Brasil. Isso representa em torno de 15 a 17 questões por edição do exame, indicando a centralidade desse conteúdo na prova.

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Assuntos de História do Brasil que mais caem no Enem.

Os temas mais recorrentes dentro da História do Brasil no Enem incluem:

  1. Período Colonial: representando aproximadamente 25% das questões, com foco em temas como a economia açucareira, a escravidão indígena e africana, as relações entre colônia e metrópole, e as invasões estrangeiras. Questões sobre a formação das primeiras cidades e a estrutura social também são frequentes.
  2. Independência e Período Imperial: aproximadamente 20% das questões são dedicadas a esse período. As questões abordam eventos como a Independência do Brasil, a Abdicação de D. Pedro I, a Revolução Farroupilha, a Guerra do Paraguai e a transição para a República. Temas como o Segundo Reinado e o avanço do café como motor da economia são frequentemente explorados.
  3. Primeira República: com cerca de 15% das questões, o Enem explora temas como o coronelismo, o ciclo da borracha, a Revolução de 1930 e as transformações políticas e sociais ocorridas nas primeiras décadas do século XX.
  4. Era Vargas e Regime Militar: esses períodos, juntos, compõem cerca de 25% das questões de História do Brasil. O exame aborda temas como o Estado Novo, a política econômica de Vargas, as reformas sociais, o Golpe Militar de 1964, a repressão durante a Ditadura e o processo de redemocratização.
  5. Período Contemporâneo: representando cerca de 15% das questões, o exame foca eventos como a Constituição de 1988, a estabilização econômica com o Plano Real, os governos pós-redemocratização e as transformações sociais recentes.

Esses dados indicam que o Enem valoriza uma visão abrangente da história brasileira, com ênfase na análise crítica dos processos históricos e suas implicações para o Brasil atual. As questões não apenas pedem o reconhecimento de fatos, mas também a interpretação de documentos históricos, gráficos e imagens, muitas vezes conectando o passado ao presente.

Para saber mais detalhes sobre História do Brasil, clique aqui.

História Geral no Enem

Assim como a História do Brasil, a História Geral tem um papel fundamental no Enem, compondo uma parte significativa do conteúdo exigido dos candidatos. Nos últimos cinco anos, as questões de História Geral têm se concentrado em eventos e processos históricos que tiveram impacto global, refletindo a necessidade de uma compreensão ampla das interconexões históricas entre diferentes regiões do mundo.

No período de 2019 a 2023, aproximadamente 55% a 60% das questões de História no Enem foram dedicadas à História Geral, totalizando uma média de 20 a 22 questões por ano. Isso demonstra uma leve predominância em relação à História do Brasil, o que sugere a importância dada ao conhecimento de contextos globais e suas influências no Brasil e no mundo.

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Assuntos de História Geral que mais caem no Enem.

Os temas mais recorrentes dentro da História Geral no Enem incluem:

  1. Antiguidade: aproximadamente 20% das questões tratam de temas da História Antiga, como as civilizações egípcia, grega e romana, além das culturas orientais. As questões frequentemente abordam aspectos políticos, culturais e sociais, além de Filosofia e Mitologia.
  2. Idade Média: cerca de 15% das questões abordam esse período, com foco em temas como feudalismo, as cruzadas, a formação das monarquias nacionais, a Igreja Católica e o sistema de vassalagem. O exame também explora a economia e as estruturas sociais da época.
  3. Renascimento e expansão marítima: representando cerca de 10% das questões, o Renascimento é abordado em relação à sua influência cultural e intelectual, enquanto a expansão marítima e as grandes navegações são tratadas quanto ao impacto na colonização das Américas e no comércio global.
  4. Revoluções modernas: com aproximadamente 25% das questões, temas como a Revolução Industrial, a Revolução Francesa e a Revolução Americana são altamente presentes. O exame explora as causas, os impactos econômicos, sociais e políticos dessas revoluções, e como elas moldaram o mundo moderno.
  5. Século XX e Guerras Mundiais: representando cerca de 30% das questões, esse é o período mais abordado dentro da História Geral no Enem. As questões incluem a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, a Guerra Fria, os processos de descolonização na África e Ásia, o nazismo, o fascismo e os impactos desses eventos no cenário global contemporâneo.
  6. Globalização e conflitos contemporâneos: cerca de 10% das questões abordam temas recentes como a globalização, os conflitos no Oriente Médio, a ascensão de novos blocos econômicos, e os desafios ambientais e sociais do século XXI.

A análise dessas questões revela que o Enem busca avaliar a capacidade dos estudantes de contextualizar eventos históricos, compreender suas causas e consequências, e relacioná-los ao presente. A prova exige não apenas conhecimento factual, mas também habilidades de interpretação, análise crítica e conexão entre diferentes áreas do conhecimento.

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Dicas para estudar História para o Enem

Com base nas estatísticas de temas e quantidade de questões abordadas nos últimos cinco anos, algumas estratégias de estudo se mostram particularmente eficazes para quem deseja se preparar bem para a prova de História do Enem.

  1. Foque os períodos mais frequentes: como os dados indicam, certos períodos históricos são recorrentes tanto na História do Brasil quanto na História Geral. Por isso, é essencial dedicar mais tempo de estudo a tópicos como o Brasil Colonial, a Era Vargas, as Revoluções Modernas e as Guerras Mundiais. Criar resumos e mapas mentais desses temas pode ajudar a fixar os principais conceitos e eventos.
  2. Desenvolva a capacidade de análise crítica: o Enem não se limita a perguntas factuais, mas exige que os candidatos analisem documentos históricos, imagens, gráficos e textos. Praticar a interpretação desses materiais e fazer exercícios que demandem análise crítica é crucial. Estudar com fontes variadas, como livros didáticos, artigos acadêmicos e vídeos educativos, pode ampliar a compreensão dos temas.
  3. Relacione o passado ao presente: muitas questões do Enem buscam estabelecer conexões entre eventos históricos e o contexto atual. Estar atualizado com as notícias e compreender como os processos históricos influenciam a sociedade contemporânea pode ser uma vantagem. Discutir esses temas em grupo ou em fóruns de estudo pode enriquecer a visão crítica e ampliar o entendimento.
  4. Treine com questões de provas anteriores: resolver questões de edições anteriores do Enem é uma das formas mais eficientes de se preparar. Isso não só ajuda a familiarizar-se com o estilo das perguntas, mas também a identificar padrões e temas que são frequentemente abordados. Além disso, revisar os erros cometidos nessas questões é fundamental para corrigir falhas de entendimento.
  5. Use recursos multimodais: vídeos, podcasts, documentários, e até jogos educativos podem ser grandes aliados no estudo de História. Eles ajudam a visualizar os eventos históricos e a compreender melhor os contextos. Por exemplo, documentários sobre a Segunda Guerra Mundial ou sobre a Ditadura Militar no Brasil podem fornecer insights valiosos que complementam o estudo teórico.
  6. Organize um cronograma de estudos: dada a amplitude do conteúdo histórico exigido pelo Enem, é essencial organizar um cronograma de estudos que contemple todas as épocas e temas. Dividir o tempo de estudo entre História do Brasil e História Geral, respeitando as prioridades indicadas pelas estatísticas, pode garantir uma preparação mais equilibrada e eficiente.

Veja também: 20 filmes para estudar História para o Enem

Questões de História no Enem

As questões de História no Enem são elaboradas com uma estrutura que visa avaliar não apenas o conhecimento factual dos candidatos, mas também suas habilidades de interpretação, análise crítica e capacidade de relacionar o passado com o presente. A seguir, vou explicar os principais elementos e o estilo de construção dessas questões.

  1. Enunciado contextualizado:
  • Contexto histórico: o enunciado geralmente apresenta um contexto histórico específico, que pode incluir eventos, processos, personagens ou períodos históricos. Esse contexto é importante porque a questão não se limita a pedir a memorização de fatos, mas sim a compreensão do cenário apresentado.
  • Interdisciplinaridade: muitas vezes, o enunciado relaciona o tema histórico com outras áreas do conhecimento, como Geografia, Sociologia, ou até mesmo Literatura, reforçando o caráter interdisciplinar do Enem.
  1. Texto de apoio:
  • Documentos históricos: pode incluir trechos de documentos históricos, textos de autores renomados, leis, discursos, ou até imagens, como charges, pinturas e fotografias. Esse material serve para guiar o candidato na interpretação do tema.
  • Fontes diversificadas: as fontes utilizadas são variadas e podem incluir desde textos clássicos até análises contemporâneas, ajudando a situar o candidato tanto no contexto histórico quanto na forma de análise crítica exigida.
  1. Comando da questão:
  • Verbo de ação: o comando geralmente usa verbos como "analisar", "interpretar", "relacionar", "comparar" ou "identificar", indicando claramente o que se espera do candidato.
  • Objetivo claro: o comando define o foco da questão, direcionando o candidato a usar as informações do enunciado e do texto de apoio para responder corretamente.
  1. Alternativas:
  • Distratores: as alternativas, ou opções de resposta, incluem o que chamamos de "distratores", que são respostas plausíveis, mas incorretas. Eles servem para avaliar a profundidade do entendimento do candidato sobre o tema.
  • Resposta correta: há apenas uma alternativa correta, que deve ser escolhida com base na análise crítica do enunciado e do texto de apoio. A resposta correta exige que o candidato aplique o conhecimento histórico ao contexto fornecido.
  1. Estilo de linguagem:
  • Linguagem clara e direta: as questões são redigidas de forma clara e objetiva, evitando linguagem excessivamente técnica ou rebuscada. O foco é garantir que todos os candidatos possam compreender o enunciado, independentemente do seu nível de conhecimento prévio.
  • Neutralidade: a linguagem é neutra, evitando qualquer tipo de viés ideológico, político ou religioso, para que a avaliação seja justa e imparcial.
  1. Interpretação e análise crítica:
  • Conexão passado-presente: muitas questões pedem que o candidato faça uma ligação entre eventos históricos e situações contemporâneas, o que exige uma boa capacidade de análise crítica e entendimento das consequências históricas para o mundo atual.
  • Habilidade de síntese: o candidato precisa ser capaz de sintetizar as informações apresentadas no enunciado e no texto de apoio para chegar à resposta correta, o que requer uma compreensão profunda do tema e habilidade de interpretar diferentes tipos de fontes.

Acompanhe a seguir dois exemplos práticos que ilustram o tipo de questões que costumam aparecer no Enem, abordando temas relevantes e exigindo que os candidatos demonstrem não apenas conhecimento factual, mas também a capacidade de interpretar e analisar os contextos históricos.

Questão 1

(Enem) O Período Vargas (1930-1945) foi marcado por significativas transformações políticas, econômicas e sociais no Brasil. Uma dessas transformações ocorreu com a instituição da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que reuniu as normas trabalhistas e regulamentou as relações entre patrões e empregados. Entre as mudanças proporcionadas pela CLT, destaca-se:

A) A proibição da greve como instrumento de negociação dos trabalhadores.

B) A garantia do voto secreto para os trabalhadores urbanos e rurais.

C) A criação de um salário mínimo nacional e regulamentação da jornada de trabalho.

D) A estatização das grandes indústrias siderúrgicas brasileiras.

Resolução:

Alternativa C.

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), instituída em 1943 durante o governo de Getúlio Vargas, foi um marco na legislação trabalhista brasileira. Ela consolidou e regulamentou direitos dos trabalhadores, como a criação do salário mínimo e a definição da jornada de trabalho em 8 horas diárias. Essas mudanças visavam proteger os direitos dos trabalhadores e regular as relações de trabalho em um período de crescente industrialização no Brasil.

Questão 2

(Enem) Durante o século XIX, a Europa viveu uma série de revoluções que impactaram profundamente o cenário político e social do continente. A Revolução Industrial foi um desses processos, trazendo mudanças significativas nas relações de trabalho e no desenvolvimento das cidades. Qual das alternativas abaixo melhor descreve uma consequência direta da Revolução Industrial?

A) O fortalecimento das monarquias absolutistas na Europa.

B) A intensificação do êxodo rural e o crescimento acelerado das cidades.

C) A unificação política da Alemanha sob o comando de Otto von Bismarck.

D) O fim dos conflitos entre católicos e protestantes na Inglaterra.

Resolução:

Alternativa B.

A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra no final do século XVIII, levou à mecanização da produção e ao desenvolvimento das fábricas, o que provocou uma migração em massa do campo para as cidades em busca de emprego. Essa migração, conhecida como êxodo rural, resultou no rápido crescimento das cidades e na urbanização acelerada, trazendo também desafios sociais como a superpopulação urbana e as más condições de vida para os trabalhadores.

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