Valorizando as olimpíadas científicas

Universidades começam a separar vagas para participantes de competições de conhecimento.
Em 26/09/2019 15h19 , atualizado em 26/09/2019 15h37 Por Adriano Lesme

Crédito da Foto: Olimpíada Brasileira de Física (OBF)
Crédito da Foto: Olimpíada Brasileira de Física (OBF)
Crédito da Imagem: Olimpíada Brasileira de Física
Imprimir
Texto:
A+
A-
PUBLICIDADE

Uma nova modalidade de ingresso está ganhando adesão de universidades públicas do país. Desde o ano passado, instituições têm separado vagas para participantes e vencedores de olimpíadas científicas nacionais e internacionais.

Os inscritos nesses processos seletivos não precisam fazer provas do vestibular nem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Eles usam o próprio desempenho nas olimpíadas científicas para concorrer às vagas. É uma recompensa aos estudantes que participam desses desafios.

A modalidade assemelha-se ao critério de ingresso das universidades dos Estados Unidos, por exemplo, que consideram a trajetória do estudante durante o ensino médio e não apenas o desempenho em uma prova.

Universidades

Pioneira nesta modalidade, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) oferece 114 vagas na seleção Vagas Olímpicas 2020. As inscrições deverão ser feitas entre os dias 21 de novembro e 10 de janeiro.

A Universidade de São Paulo (USP), considerada a melhor do país, aderiu este ano a esta modalidade de ingresso. As inscrições foram recebidas de 26 de agosto a 13 de setembro e, para o ano que vem, são oferecidas 113 vagas, uma a menos que a Unicamp.

Uma outra instituição que oferece vagas para participantes de olimpíadas científicas é a Universidade Federal de Itajubá (Unifei), em Minas Gerais. As inscrições estão abertas até 6 de dezembro e são oferecidas 67 vagas.

Competições aceitas

As universidades que aderiram a esta modalidade aceitam o desempenho nas últimas edições de olimpíadas científicas nacionais e internacionais. Os candidatos recebem uma pontuação conforme o seu desempenho. Na USP, por exemplo, a medalha de ouro vale 2,5 pontos em olimpíadas nacionais e 6 pontos em internacionais.

Veja algumas olimpíadas aceitas

Internacionais
International Mathematical Olympiad
International Physics Olympiad
International Olympiad in Informatic
International Biology Olympiad
International Chemistry Olympiad
International Olympiad on Astronomy
International Economics Olympiad

Ibero-Americanas
Olimpíada Ibero-Americana de Matemática
Olimpíada Ibero-Americana de Física
Olimpíada Ibero-Americana de Biologia
Competição Ibero-Americana de Informática e Computação

Brasileiras
Olimpíada Brasileira de Matemática
Olimpíada Brasileira de Física
Olimpíada Brasileira de Informática
Olimpíada Brasileira de Robótica - Téorica
Olimpíada Brasileira de Química
Olimpíada Brasileira de Biologia
Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica
Olimpíada Brasileira de Linguística
Olimpíada Brasileira de Economia
Olimpíada Brasileira de Matemática de Escolas Públicas e Escolas Privadas
Olimpíada Brasileira de Física de Escola Pública

Como participar de olimpíadas científicas

Geralmente, as próprias escolas divulgam as olimpíadas para os alunos e nomeiam um professor para realizar a inscrição. Caso sua escola não tenha o costume de participar, nós produzimos um material que informa como participar de cada uma das principais olimpíadas nacionais. Antes de se inscrever, verifique os requisitos.

O Brasil costuma ir bem nas Olimpíadas Científicas Internacionais. Em 2019, o país foi primeiro lugar na Olimpíada Internacional de Economia (IEO). No ano passado, dois brasileiros conseguiram medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Matemática da Ásia (AIMO) e um brasileiro foi medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Matemática (IMO).

Gostou desta nova modalidade de ingresso? Participe deixando o seu comentário no final da página.