A partir de hoje, o Oficina do Estudante será um dos colunistas do Blog do Vestibular do Brasil Escola. A cada duas semanas vamos abordar temas importantes para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e vestibulares. Vamos começar falando da Teoria de Resposta ao Item (T.R.I.), uma metodologia ainda confusa para muitos participantes do Enem.
A Teoria de Resposta ao Item (T.R.I.) é uma ferramenta estatística muito importante, porque impacta diretamente na nota do aluno. Mas, o que ela faz? Desvenda matematicamente se o padrão de acertos do candidato na prova é coerente, dando um peso diferente para cada acerto.
Veja: Como calcular a nota do Enem
Faz isso comparando a chance de um candidato específico acertar uma questão com o grau de proficiência que ele tem nas questões como um todo. Ou seja, penaliza mais um acerto em uma questão difícil, quando o aluno errou questões fáceis, do que um acerto em uma questão fácil, quando o aluno acertou questões difíceis.
Dessa forma, ela consegue calibrar o quão provável um candidato acertou uma questão no chute, ou porque a sabia de fato. Isso porque se um aluno tem baixo domínio do conteúdo, tem também baixa probabilidade de acertar uma questão difícil e uma grande probabilidade de acertar uma questão mais fácil.
Estratégia para a TRI no Enem
A T.R.I. reflete uma estratégia óbvia para o Enem: deve-se começar a fazer a prova pelas questões fáceis, de todas as disciplinas, e ir marcando com um M, as médias, e com um D, as difíceis. Na sequência, deve-se fazer as questões médias, deixando as difíceis para o final.
A exceção fica para o primeiro dia, quando há a redação. Neste dia, antes de mais nada, deve-se ler o tema e a coletânea da redação, e, só então, começar a responder as questões.
Mas, por que isso? Porque na medida em que se vai fazendo as questões, o tema da redação vai fermentando na cabeça do candidato, e é possível que ele tenha algum insight.
Atenção
As questões difíceis não devem ser desprezadas, sobretudo para quem vai prestar um curso de alta demanda, como Medicina. É um ponto que não é pra ser jogado fora. E é justamente por isso que, quando um candidato pula esse tipo de questão, está ordenando, no tempo da prova, como vai conseguir fazê-la da melhor forma possível.
Ao fazer as questões fáceis primeiro, poupará tempo para poder resolver as difíceis e já terá ganho os pontos advindos das fáceis e das médias.
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*Marcelo Pavani é diretor do cursinho Oficina do Estudante, de Campinas