Atualidades Vestibular e Enem - agosto de 2021

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Tensão política entre Bolsonaro e o STF, volta do Talibã ao poder no Afeganistão e crise humanitária no Haiti foram os assuntos mais falados em agosto.

PEC do voto impresso foi um dos assuntos de agosto
Crédito da Imagem: Isaac Fontana / Shutterstock.com

Agosto de 2021 foi marcado por fatos positivos, como a realização das Olimpíadas de Tóquio e o avanço da vacinação contra a covid-19, mas também por momentos apreensivos, como a volta do Talibã ao poder no Afeganistão e o terremoto no Haiti.

Para saber mais sobre esses e outros assuntos, navegue pelos hiperlinks. Você será redirecionado para artigos do Brasil Escola e notícias do UOL, Folha, G1, CNN, BBC, Agência Brasil e outros portais.

Pandemia

O Brasil avançou na vacinação contra a covid-19 em agosto de 2021. No último dia do mês, o país alcançou 29% da população totalmente imunizada (duas doses ou dose única) e 61% parcialmente imunizada (primeira dose). 

Apesar do avanço, o índice ainda é baixo em comparação a outros países. A União Europeia já completou a imunização de 70% da população adulta. Alguns países europeus têm quase 90% da população adulta imunizada. Os Estados Unidos também passaram de 70% em agosto.

No momento, há muita preocupação quanto à variante delta do novo coronavírus, que é mais contagiosa. O Ministério da Saúde contabiliza cerca de 2 mil casos e mais de 60 mortes pela variante.

Para aumentar a imunização em idosos, o Brasil vai começar a aplicar a 3ª dose da vacina a partir do dia 15 de setembro. Alemanha, Chile, Uruguai, Bélgica, Estados Unidos, França Israel, Turquia e Rússia são alguns dos países que também estão aplicando a terceira dose ou irão aplicar em setembro.

Brasil

PEC do voto impresso

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/2019, chamada de PEC do voto impresso, foi derrotada em votação na Câmara dos Deputados. O voto impresso auditável é um desejo do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), que constantemente ataca o sistema eleitoral brasileiro. Sem apresentar provas, Bolsonaro alega que as urnas eletrônicas podem ser fraudadas e que houveram fraudes nas eleições de 2014 e 2018.

No dia da votação da PEC, Bolsonaro compareceu a um desfile de blindados das Forças Armadas. O treinamento ocorre anualmente desde 1988, mas, pela primeira vez, os tanques passaram em frente ao Palácio do Planalto. O ato foi interpretado como uma pressão de Bolsonaro pela aprovação da PEC

Bolsonaro x STF

Por causa das acusações sem provas sobre as urnas eletrônicas, o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou pedido de investigação contra o presidente Jair Bolsonaro. O ministro Alexandre de Moraes recebeu a notícia-crime feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que acusa o presidente de ter espalhado informações falsas e ataques contra as instituições.

Jair Bolsonaro também será investigado pela divulgação de dados sigilosos de um inquérito da Polícia Federal. A notícia-crime também foi apresentada pelo TSE e aceita pelo STF. Em uma live, Bolsonaro compartilhou informações que comprovariam uma fraude nas eleições de 2018, mas os dados sigilosos apresentados não mostraram isso.

Em reação ao STF, o presidente disse que vai pedir ao Senado abertura de um processo de impeachment contra os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. Bolsonaro também afirmou que Moraes é “a mentira em pessoa” e que “a hora dele vai chegar”.

Privatização dos Correios

Com 286 votos favoráveis e 173 contra, a proposta de privatização dos Correios foi aprovada na Câmara e agora segue para o Senado. A expectativa é de que o Senado também aprove a proposta e que o leilão seja feito no primeiro semestre de 2022. 

O projeto de Lei autoriza a venda da estatal, determina que a nova empresa se chame Correios do Brasil e altera a função da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), órgão que passará a se chamar Agência Nacional de Telecomunicações e Serviços Postais. Entre suas responsabilidades, a nova agência terá que regular os serviços postais.

Saiba tudo sobre a privatização dos Correios

Ataques em Araçatuba

Três agências bancárias em Araçatuba foram atacadas por um grupo de cerca de 30 criminosos. Usando explosivos e armas, o grupo aterrorizou a cidade do interior de São Paulo. Ao menos três pessoas morreram, sendo um criminoso, e outras cinco ficaram feridas. Ainda não se sabe o valor roubado.

Mundo

Afegãos invadem aeroporto em Cabul para fugir do Talibã
Crédito: john smith 2021 / Shutterstock.com

Afeganistão

O Talibã retomou o poder do Afeganistão 20 anos depois que eles foram derrubados pelas tropas norte-americanas que invadiram o país em 2021. A retomada do poder se iniciou com a saída das tropas dos Estados Unidos e Reino Unido do país.

Apesar de o Talibã prometer um governo diferente do adotado até 2001, a expectativa é que a vida no Afeganistão se transforme radicalmente. Minorias étnicas, religiosas e mulheres serão os grupos que, provavelmente, mais sofrerão com o Talibã. 

Saiba mais: A volta do Talibã ao poder no Afeganistão

Após o Talibã tomar a capital Cabul, milhares de afegãos invadiram o aeroporto da cidade na tentativa de sair do país. No dia 26, o Estado Islâmico, aliado do Talibã, promoveu um ataque terrorista no aeroporto de Cabul. O ataque matou pelo menos 170 pessoas, incluindo crianças e 13 oficiais americanos. Em resposta ao ataque, os EUA usaram drones para matar militares do Estado Islâmico.

Incêndios na Europa

Incêndios florestais castigaram a Europa em agosto, deixando mortos na Turquia e Grécia. Uma forte onda de calor, com temperaturas beirando 50ºC, é a principal responsável pelos incêndios.

Relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), da Organização das Nações Unidas (UNO), mostra de forma inequívoca que o aquecimento global está se desenvolvendo mais rápido do que o esperado.

Leia também: Incêndios na Europa e discussões climáticas em 2021

Haiti

Três terremotos atingiram o Haiti, país mais pobre das Américas, em agosto. Mais de 2,1 mil pessoas morreram e milhares ficaram desabrigadas. Para piorar a situação, um ciclone tropical atingiu o país dois dias depois dos terremotos, dificultando ainda mais a busca por sobreviventes.

Veja: A triste realidade do Haiti

Além dos desastres naturais, o Haiti sofre crises humanitária e política. No mês passado, seu presidente foi assassinado por um grupo de mercenários. Após o assassinato, um governo interino assumiu o controle do país até a realização de novas eleições.