Atualidades Vestibular e Enem - setembro de 2021

O mês de setembro foi marcado por manifestações no Brasil no dia 7 de setembro e desastres naturais ao redor do mundo.
Por Érica Caetano

Crédito imagem: Shutterstock / Isaac Fontana
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Manifestações no Brasil no dia 7 de setembro, crise energética e desastres naturais estão entre os acontecimentos do mês de setembro de 2021.

Você pode conferir mais detalhes sobre os assuntos clicando nos hiperlinks para noticias de portais como UOL, Folha, G1, BBC, DW, Agência Brasil e outros, além de textos do Brasil Escola.

Tópicos deste artigo

Brasil

Fogo afetou 85% das espécies em extinção na Bacia Amazônica

Um estudo internacional com a participação de cientistas brasileiros revelou que 85% das espécies consideradas ameaçadas de extinção na região amazônica foram impactadas pelas queimadas de 2001 a 2019.

Os resultados foram publicados na renomada revista científica Nature e levam em consideração 11.514 espécies de plantas e 3.079 espécies de vertebrados em toda a extensão da Bacia Amazônica.

Melhor campanha do Brasil nas Paralimpíadas

O Brasil encerrou sua participação nos Jogos Paralímpicos de Tóquio com sua melhor campanha da história no evento. Foram 72 medalhas, sendo 22 de ouro, 20 de prata e 30 de bronze, o que garantiu o sétimo lugar no quadro de medalhas. É o maior número de medalhas douradas do país, superando os 21 ouros de Londres 2012.

Saiba mais sobre as Paralimpíadas

Atos pró-governo e ameaças ao STF

O Presidente da República, Jair Bolsonaro, insuflou sua base em protestos em Brasília e São Paulo com ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente novamente questionou, sem provas, a segurança do sistema eleitoral.

As manifestações aconteceram no dia 7 de setembro, data em que é comemorada a Independência do Brasil. Ele também voltou a dizer que só sai de Brasília "morto, preso ou com vitória". 

Crédito imagem: Shutterstock / Jair Ferreira Belafacce

O presidente do STF, Luiz Fux, respondeu as declarações feitas pelo presidente nos atos pró-governo e advertiu que desrespeito a decisões da Corte configura crime de responsabilidade. Ele também alertou contra "falsos profetas do patriotismo" e disse que o Tribunal não aceitará ameaças.

Depois de ameaçar o Supremo e pregar desobediência a decisões da Corte durante os atos de 7 de Setembro, presidente Jair Bolsonaro divulgou uma "Declaração à Nação" em tom de recuo tático. Na declaração, Bolsonaro diz que suas palavras, "por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum" e diz ainda que não teve intenção de agredir.

Escândalo Prevent Sênior

A Prevent Senior, empresa de plano de saúde e dona de hospitais em São Paulo, foi acusada por médicos ex-funcionários de esconder que pacientes e médicos morreram de Covid-19 e de ameaçar funcionários que denunciaram as irregularidades.

A advogada que representa médicos da rede Prevent Senior, Bruna Morato, revelou à CPI práticas ilegais da empresa. Dentre elas, está a aplicação do chamado "kit-covid" sem o consentimento dos pacientes, a maioria idosos. Nesse kit estariam inclusos remédios sem comprovação científica contra a covid-19, como a cloroquina.

De acordo com a advogada, a rede maquiou estudos sobre a cloroquina para adequá-los a declarações do presidente Jair Bolsonaro, que defende o "tratamento precoce". Senadores veem elo com "gabinete paralelo" do Minsitério da Saúde, que seria formado por empresários e médicos que eram contra as medidas de isolamento social, como o fechamento do comércio.

Um dos empresários que fariam parte do "gabinete paralelo" é Luciano Hang, dono das redes Havan. Ele é suspeito de financiar notícias falsas sobre "tratamento precoce" e de ocultar no atestado de óbito da própria mãe que ela morreu de covid-19.

Crise hídrica e energética

O Brasil está à beira de uma nova crise energética, ou seja, há uma sobrecarga no sistema elétrico do país que pode levar à falta do fornecimento de energia e causar o famoso "apagão". A escassez de água prolongada e a falta de planejamento do Governo Federal têm colocado em risco a produção de energia em território brasileiro.

Entenda as crises hídrica e energética

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Mundo

Crise energética global

Não é só o Brasil que está à beira de uma crise energética. Da China à Europa, escassez de fontes de energia segura a recuperação pós-pandêmia e gera medo em grande escala.

As ondas de choque se espalharam pelo planeta inteiro e as preocupações vão muito além da possível falta de iPhones para o Natal, devido às interrupções nas cadeias de produção. Segundo a análise do Goldman, nada menos que 44% da atividade industrial chinesa está sendo afetada pela crise energética.

E os apagões já estão lançando nas trevas as regiões mais atingidas. A eletricidade subiu até 250% e o barril de petróleo foi de 50 para 80 dólares, o nível mais alto em três anos. Até a falta de ventos e de chuva, no caso do Brasil, está prejudicando a produção de energia aqui e até na Europa.

Terremoto México

Um forte terremoto de magnitude 7 atingiu a Cidade do México e regiões vizinhas no início do mês de agosto. O epicentro do tremor foi a 17 km a sudeste de Acapulco, de acordo com o Instituto Sismológico Nacional do México. Alguns tremores secundários, de magnitude 4 a 5, foram registrados.

A torre de controle do aeroporto da cidade foi atingida, e o sismo também causou danos em edifícios, derrubou árvores e lançou grandes pedras nas estradas.

Terremoto Ilhas Canárias

Um vulcão na ilha espanhola de La Palma, no arquipélago atlântico das Ilhas Canárias, entrou em erupção após a ocorrência de uma série de pequenos terremotos na área do complexo vulcânico de Cumbre Vieja há mais de uma semana.

A atividade do vulcão próximo à África levantou o rumor da capacidade de provocar efeitos na costa brasileira. No entanto, para causar um tsunami no Brasil era preciso que houvesse um grande derramamento de terra no mar, o que não aconteceu.

Tsunami no Brasil: possibilidade ou lenda?

Encontro G-20 da ONU

Aconteceu nesse mês a 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O encontro do G20 foi presidido neste ano pela Arábia Saudita. Foi a primeira vez que um país árabe sediou o evento. Entretanto, devido à pandemia do novo coronavírus, a reunião foi virtual.

Entre os 19 líderes do G20 (composto pelas 19 principais economias mais a União Europeia) presentes no encontro, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, era o único que declarou que não tomou e que não tomará a vacina contra a Covid-19.

Além disso,  Bolsonaro fez um discurso controverso no G20, onde disse que tensões entre raças no Brasil são importadas e 'alheias à nossa história". Discurso ocorre em meio a protestos contra a morte de João Alberto, cidadão negro espancado em Porto Alegre. Presidente não citou o caso e disse haver "interesses" na tensão racial.

Presidente Jair Bolsonaro é entrevistado / Crédito imagem: Shutterstock / Antonio Scorza

Bolsonaro também falou sobre a pandemia e afirmou que, juntas, as nações estão superando "uma das mais graves crises sanitárias da história recente". Afirmou, ainda, que o Brasil se soma aos esforços internacionais para a busca de vacinas eficazes e seguras contra a covid-19.

O presidente atacou o passaporte sanitário, defendeu tratamento sem eficácia contra o coronavírus, afirmou que o Brasil estava "à beira do socialismo" antes de seu governo e descreveu os atos de seus apoiadores em 7 de Setembro como a "maior manifestação de nossa história".

A comitiva brasileira também teve infectados pela Covid-19 durante a viagem a Nova York. Entre eles, o deputado federal e filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e um diplomata. O ministro da Saúde também se envolveu em uma confusão com manifestantes contrários ao governo.

EUA relembram 20 anos dos ataques de 11 de Setembro

Os Estados Unidos relembram no último dia 11 o vigésimo aniversário dos ataques de 11 de Setembro, com cerimônias para homenagear os cerca de 3 mil mortos nos ataques executados pela rede terrorista Al-Qaeda.

Cerimônias foram organizadas nos antigos palcos dos ataques, o Marco Zero, em Nova York, o Pentágono e um campo da Pensilvânia.

Tunísia tem 1ª mulher premiê do mundo árabe

O presidente da Tunísia, Kais Saied, nomeou Najla Bouden Romdhane para ser a nova premiê do país neste mês. Com isso, ela se tornou a primeira mulher a assumir a chefia de um governo do país e em todo o mundo árabe.

EUA esvaziam acampamento de imigrantes haitianos no Texas

Nos últimos dias, milhares de haitianos tentaram atravessar a fronteira entre o México e os Estados Unidos, mas centenas foram detidos e deportados de volta ao Haiti, que enfrentou um terremoto e o assassinato de seu presidente recentemente.

Um acampamento precário na cidade de Del Rio, no Texas, onde viviam milhares de imigrantes, a maioria do Haiti, foi completamente esvaziado. Cerca de 15 mil pessoas haviam se dirigido à pequena cidade texana na esperança de obter asilo nos EUA.

Crédito imagem: Shutterstock /  David Peinado Romero

De acordo com a Casa Branca, alguns foram enviados de volta ao Haiti. Outros foram levados a instalações de processamento ao longo da fronteira. O governo americano justifica as deportações com base na manutenção da saúde pública na pandemia, sem permitir que eles peçam asilo.

Nepal inclui terceiro gênero no censo

O Nepal incluiu uma terceira opção de gênero em seu censo, além de homem e mulher, os entrevistados poderão dizer que são de um outro gênero ao responder o questionário. 

Coreia do Norte confirma teste de míssil

Autoridades da Coreia do Norte divulgaram uma foto do lançamento de um míssil Hwasong-8. Segundo a agência de notícias oficial KCNA, o míssil hipersônico é muito mais rápido e difícil de ser interceptado pelos sistemas de defesa do que um míssil comum.

O desenvolvimento de um míssil hipersônico era uma das cinco tarefas "de prioridade máxima" estabelecidas por Pyongyang em um plano de armamento estratégico para cinco anos, ainda de acordo com a KCNA.

Covid-19

Dinamarca suspende todas as restrições anticovid

A Dinamarca se tornou o primeiro país da União Europeia livre de quaisquer restrições relacionadas à pandemia do novo coronavírus.

Após 548 dias com restrições e graças a alta taxa de vacinação, os dinamarqueses voltam gradativamente à normalidade. Mais de 80% da população acima de 12 anos está totalmente imunizada, ou seja, 73% da população de 5,8 milhões de habitantes. 

Coronavírus avança em Israel mesmo com vacinação

Israel foi um dos primeiros países a implementar um programa abrangente de vacinação contra a Covid-19, tornando-se exemplo para o restante do mundo. O país praticamente voltou à vida normal no início de junho, já que no fim de fevereiro, pelo menos 50% da população já havia tomado pelo menos uma dose da vacina.

No entanto, a partir de julho as infecções começaram a aumentar novamente e, no início deste mês, Israel passou a registrar mais de 10 mil novos casos da doença por dia. 

A resposta das autoridades foi um programa de vacinação de reforço inicialmente oferecido para aqueles com mais de 60 anos, mas que acabou estendido a grupos populacionais cada vez mais jovens.

Novo recorde de mortes por Covid-19 desde início da pandemia na Rússia

A Rússia também registrou mais 852 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, o que é um recorde desde o início da pandemia. A marca foi estabelecida em meio a um surto que está sendo causado pela variante delta, mais transmissível do que a cepa original do vírus.

Quinto país mais atingido pela pandemia no mundo, a Rússia está observando uma alta nas infecções desde meados de setembro. Até o momento, apenas 28% dos russos já receberam as duas doses dos imunizantes contra a Covid-19, que estão disponíveis no país desde dezembro de 2020.