Médicos que se formam no exterior – brasileiros ou estrangeiros – só podem exercer a Medicina no Brasil se forem aprovados no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeira (Revalida).
Criado em 2011 para avaliar os bacharéis de Medicina com diplomas emitidos no exterior, o Revalida teve mudanças anunciadas pelo Ministério da Educação (MEC) em 2019, valendo já para 2020. Veja o que mudou no Novo Revalida e saiba com participar!
O Revalida é voltado para qualquer pessoa, independente da nacionalidade, que tiver se formado em Medicina fora do Brasil e que queira exercer a profissão em território brasileiro.
O profissional que busca a revalidação pelo Revalida precisa morar no Brasil e ter CPF (inclusive os estrangeiros).
Em 2020, o Revalida terá sua primeira fase em 6 de dezembro, enquanto a segunda ainda não teve a data divulgada. Esta edição marca o retorno da aplicação do exame após três anos.
Os últimos dados divulgados pelo MEC estimam que 15 mil profissionais esperam pelo Novo Revalida para que possam ter seus diplomas validados. Eles se formaram, principalmente, na Bolívia, Argentina e Cuba. Também tem crescido a demanda de médicos graduados no Paraguai.
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Com o objetivo de que o Revalida seja custeado pelos próprios inscritos, não pelos cofres públicos, o MEC aumentou a taxa de inscrição. A primeira fase do Novo Revalida terá taxa de R$ 330, já os aprovados para a segunda etapa terão que pagar R$ 3.330 na inscrição. Anteriormente, o valor para participar do exame era de R$ 150, para as provas teóricas, e R$ 450, para a parte prática.
O Novo Revalida continuará sendo formado por duas etapas e as provas serão aplicadas pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Federal do Ceará (UFC) e National Board Medical Examiners (NBME). Todo o processo será acompanhado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
A primeira etapa do Revalida será composta por 100 questões objetivas, no turno da manhã, enquanto à tarde serão aplicadas 5 discursivas. O conteúdo aborda as áreas de Clínica Médica, Cirurgia, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria, Saúde Mental, Medicina da Família e Comunitária/Saúde Pública.
Os candidatos que forem aprovados na primeira etapa do Novo Revalida seguirão para a segunda fase do exame. Os médicos passarão por avaliações práticas compostas por atividade em estação clínica, avaliação de banca examinadora sobre habilidade de comunicação, raciocínio clínico e tomada de decisões. As áreas de atuação da prova prática são as mesmas da primeira etapa.
Cada candidato do Revalida terá 10 anamneses (entrevistas) para diagnóstico inicial em pacientes com sintomas simulados. Quem for reprovado poderá fazer novamente a segunda fase nas edições seguintes do exame, não sendo necessário refazer a primeira etapa.
O Novo Revalida tem a adição de instituições particulares ao grupo das habilitadas para a revalidação dos diplomas. Anteriormente, somente universidades públicas eram autorizadas pelo MEC.
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O MEC adotou um parâmetro para definir quais instituições privadas de ensino podem atuar como revalidadoras de diplomas: conceitos 4 e 5 no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), índice de qualidade da educação superior. Mais de 400 universidades, faculdades e centros universitários particulares têm notas 4 e 5, mas nem todas oferecem o curso de Medicina.
O médico que conseguir a aprovação no Revalida terá que procurar a universidade que informou na inscrição para que possa solicitar a revalidação. É preciso ter o diploma original e demais documentos necessários para que seu pedido seja analisado.
As universidades têm liberdade para exigir a complementação da grade curricular de quem for aprovado no Revalida. O motivo para complementar o currículo acadêmico é que algumas disciplinas oferecidas no Brasil podem não ser oferecidas em cursos de Medicina de outros países.
Por exemplo, estudantes que fizeram o curso em locais em que não há estudo sobre a dengue precisam complementar a grade para a obtenção do Revalida, já que a doença faz parte da realidade do sistema de saúde brasileiro.
O médico que for aprovado no Revalida e tiver seu diploma validado para exercício da Medicina no Brasil ainda conta com mais uma etapa: a obtenção do registro profissional no Conselho Regional de Medicina (CRM). O registro deve ser solicitado nas unidades dos conselhos de Medicina. O médico só poderá trabalhar no Brasil se estiver com o registro autorizado.
Centro-Oeste
- Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
- Universidade Federal de Goiás (UFG)
- Universidade de Brasília (UNB)
- Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
Nordeste
- Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
- Universidade Federal do Ceará (UFC)
- Universidade Federal do Piauí (UFPI)
- Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
- Universidade Federal da Bahia (UFBA)
- Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
- Universidade Federal de Sergipe (UFS)
- Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
- Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
- Universidade Federal do Cariri (UFCA)
- Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
- Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL)
- Universidade Estadual do Ceará (UECE)
- Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)
- Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
Norte
- Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
- Universidade Federal do Acre (UFAC)
- Universidade Federal de Roraima (UFRR)
- Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
- Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
- Universidade de Gurupi - antigo Centro Universitário (UnirG)
- Universidade Federal do Tocantins (UFT)
Sudeste
- Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
- Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
- Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
- Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)
- Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
- Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
- Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP)
- Universidade Federal Fluminense (UFF)
- Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes)
- Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
- Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Sul
- Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
- Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
- Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
- Universidade Federal do Paraná (UFPR)
- Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
- Universidade Estadual de Londrina (UEL)
- Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)
- Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)