Na manhã desta quarta-feira, 29 de janeiro, estudantes estão relatando nas redes sociais que um possível erro no Sistema de Seleção Unificada (SiSU) está impedindo a inscrição na lista de espera de candidatos que selecionaram apenas uma opção de curso e não foram aprovados nela. Os casos estão sendo divulgados pela #erronalistadeespera.
Desde o ano passado, podem se inscrever na lista de espera do SiSU apenas os candidatos que não foram aprovados em nenhuma das opções de cursos. Por isso, muitos estudantes optam por escolher apenas um curso para poderem participar da lista de espera, caso não sejam aprovados na chamada regular.
O Brasil Escola entrou em contato com o Ministério da Educação (MEC) por volta das 10h de hoje e ainda aguarda resposta. Caso o MEC responda sobre o possível erro na lista de espera, esta notícia será atualizada.
ATUALIZAÇÃO: às 13h50 o MEC entrou em contato e disse que o problema foi resolvido.
As inscrições para a lista de espera do SiSU 2020/1 foram abertas hoje e serão encerradas no dia 4 de fevereiro. As chamadas serão divulgadas a partir de 7 de fevereiro pelas próprias instituições. Elas poderão divulgar quantas chamadas forem necessárias, no prazo máximo de 30 de abril.
O resultado do SiSU 2020/1 foi divulgado na noite de ontem, 28, após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) atender um recurso da Advocacia-Geral da União (AGU). O resultado estava suspenso por determinação da Justiça Federal em São Paulo, em virtude dos erros no cálculo da nota de alguns participantes do Enem 2019.
O prazo para matrícula dos aprovados no SiSU é o mesmo da lista de espera, de 29 de janeiro a 4 de fevereiro. As matrículas devem ser feitas nas instituições de ensino, levando os documentos listados no SiSU.
Erros no SiSU
Este ano, o MEC alterou o site do SiSU para otimizar o processo de inscrição feita por celular e agilizar a consulta de vagas. No entanto, o novo site apresentou problemas desde o início das inscrições.
Nos primeiros dias de inscrição, o site apresentava lentidão e muitos participantes não conseguiam fazer o cadastro. Depois, com a divulgação das notas de corte, participantes reclamaram que elas estavam muito altas porque o sistema não descartou as notas dos candidatos na segunda opção de curso quando estes eram aprovados na primeira.
O possível erro nas notas de corte foi negado pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, em sua conta do Twitter. Ele ainda acusou, sem provas, que as reclamações são de pessoas vinculadas a partidos de esquerda. “Gente maldosa que tem interesse em fazer terrorismo espalhando mentira” - afirmou o ministro.