Ao investigar uma quadrilha acusada de envolvimento em fraudes de vestibulares de medicina, a Polícia Civil de Minas Gerais suspeitou que ela possa também ter fraudado as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2013. Os criminosos agiram em Barbacena e os gabaritos tinham preços que variavam de R$ 70 mil a R$ 100 mil.
De acordo com as investigações, integrantes do grupo chamados de "pilotos" faziam a prova e deixavam rapidamente os locais dos exames, fornecendo o gabarito aos chefes da organização que, por sua vez, o repassavam aos candidatos, via mensagem de celular ou ponto eletrônico.
Quando foi constatada a possível fraude no Enem, o caso foi imediatamente repassado à Polícia Federal, que deve conduzir as investigações. Em nota, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Enem, informou que está acompanhando os desdobramentos da operação e que até o momento, de acordo com a polícia, não existe qualquer elemento que indique que qualquer candidato tenha sido beneficiado.
O órgão ainda reforça: "O Inep reforça que as investigações devem ocorrer com todo rigor necessário. Conforme prevê o edital do exame, os candidatos identificados, que tiverem utilizado aparelhos eletrônicos durante as provas, serão eliminados". O exame foi feito por mais de 5 milhões de candidatos.
Por Dayse Luan
Com informações da Agência Brasil