O Ministério da Educação (MEC) divulgou na tarde desta segunda-feira, 4 de maio, o balanço da edição de 2015 do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). De acordo com o órgão, foram recebidas cerca de 500 mil inscrições, das quais 252.442 foram atendidas. As informações foram dadas em entrevista coletiva com o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro.
Segundo Janine, o Fies contou com um orçamento total de 15 bilhões, para o ano todo, dos quais 2,5 bilhões foram destinados aos novos contratos. Além disso, foram registrados 13 milhões de acessos ao SisFies até 30 de abril, prazo final para adesões ao financiamento, com um pico de 57 mil acessos simultâneos.
O ministro garantiu a renovação de todos os contratos, mesmo nas instituições onde o aumento foi superior ao definido. O MEC vai negociar diretamente com as faculdades. O prazo para renovação se encerra em 29 de maio, após prorrogação feita pelo Ministério, cujo objetivo é garantir que os estudantes já beneficiados tenham seus contratos renovados.
Cursos mais procurados
As áreas com maior procura foram Engenharia e Saúde. As graduações com nota máxima (5) no Conceito Preliminar de Curso (CPC), indíce que mede a qualidade do curso levando em conta a estrutura física, pedagógica, de material didático e tecnológico, laboratórios, metodologia de ensino, representam 19% dos financiamentos concedidos, contra 8% do ano passado.
Próxima edições
De acordo com Janine, ainda não há a confirmação de uma edição do Fies no segundo semestre de 2015. A decisão vai depender da disponibilidade orçamentária para os próximos seis meses. Como o período é inferior e a oferta de cursos também, a estimativa é de que sejam necessários R$ 500 milhões em financiamentos, contra os R$ 2,5 bilhões anuais, para novos contratos.
Nas próximas edições o Fies contará com um sistema mais detalhado, semelhante ao Sistema de Seleção Unificada (SiSU), no qual o MEC vai informar a quantidade de vagas, por curso, com financiamento disponível. A medida tem como objetivo evitar os equívocos gerados no momento das inscrições.
Reclamações
Em relação aos problemas relatados pelos estudantes, o ministro fala que o equívoco foi por conta das tentativas do alunos que buscavam se matricular em cursos que não tinham mais vagas para financiamento. Segundo Janine, apesar das instituições de ensino afirmarem sobre a existência de vagas, isto não significa que sejam do Fies, pois existe um limite.
A recomendação do MEC para as próximas edições é que os estudantes procurem os cursos com maiores notas no CPC, lembrando que a avaliação do conceito vai de 1 a 5, pois quanto maior a pontuação, mais vagas com financiamento são oferecidas.
Reabertura do sistema
O MEC informou que não foi notificado da decisão da Justiça Federal de Mato Grosso, a qual determinou a prorrogação do prazo para inscrições de novos contratos, devido ao relato de vários estudantes que não conseguiram fazer a adesão pelo SisFies. De acordo com o Ministério, assim que houver a notificação, vai recorrer por meio Advocacia-Geral da União (AGU).
Por Lorraine Vilela