Aproximadamente 115 mil vagas do primeiro semestre de 2016 do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) não foram preenchidas e estão disponíveis para remanejamento na segunda edição deste ano. A informação é do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular.
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O Fies 2016/1 ofereceu 250 mil vagas em cursos superiores de instituições particulares. O Ministério da Educação (MEC) estabeleceu como prioridade a oferta para graduações com conceito 5 (nota máxima) e que sejam das áreas de Engenharia, Saúde e Formação de Professores.
Representantes das entidades que compõem o Fórum acreditam que entre os motivos do grande número de vagas não preenchidas estão as áreas prioritárias para o MEC, a renda per capita máxima de 2,5 salários-mínimos e a pontuação mínima necessária de 450 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), além da distância entre a data dos vestibulares de Medicina (curso amplamente procurado e com forte potencial de adesão ao Fies) e a abertura do período de inscrições do financiamento.
Mesmo com a possibilidade de remanejamento autorizada pelo MEC, a Diretoria-Executiva do Fórum estima que apenas 10% das vagas sejam preenchidas devido às exigências impostas pelo Ministério. Outro ponto destacado pelas entidades é a baixa procura pelos cursos de formação de professores e a grande evasão dos estudantes de Engenharia.
Sugestões
As entidades sugerem algumas medidas que possam diminuir a ociosidade das vagas ofertadas no Fies e proporcionar maior acesso dos estudantes ao ensino superior.
- Redução da nota mínima de 450 para 400 pontos;
- Renda per capita de três salários mínimos;
- Que os estudantes tenham a opção de determinar o valor do financiamento em 50%, 75% ou 100%, já que atualmente o valor é determinado pelo MEC;
- Controle da Lista de Espera de responsabilidade das instituições de ensino que oferecem as vagas, pois é o MEC quem controla tais dados. O objetivo é dar agilidade ao processo de convocação dos contemplados.
Por Lorraine Vilela
Com informações da Agência Reuters