Novo Enem deve ser criado até 2020
Conteúdo do Enem deverá ser adaptado à reforma do ensino médio, aprovada ano passado.
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), maior prova do Brasil, deve ser reformulado até 2020. A informação é da secretária executiva do Ministério da Educação (MEC), Maria Helena Guimarães.
A intenção do MEC é adaptar o Enem ao Novo Ensino Médio, aprovado no ano passado. “Isso vai precisar ser muito discutido. Parte da avaliação abordará aquilo que compõe a base comum do ensino médio, e parte do exame, a parte flexível, abordando tanto itinerário técnico quanto o itinerário formativo”, afirmou Maria Helena.
Nenhuma mudança foi anunciada ainda, mas a secretária executiva adiantou que o objetivo é que a formação dos estudantes seja mais fluida e as disciplinas mais integradas. “É possível ter itinerário formativo que aborde conhecimento de história, arte e matemática. Por que não?” - completou.
O novo Enem deverá ser discutido em um seminário que o MEC realizará ainda em fevereiro com entidades privadas e o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). Além do Enem, o seminário debaterá a proposta de base nacional para o ensino médio.
Novo Ensino Médio
A reforma do ensino médio aumenta a carga horária escolar, com implantação de escolas em tempo integral, divide o ensino médio em Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e cinco áreas específicas, permite que as escolas contratem professores sem diploma em licenciatura para dar aulas em disciplinas da parte técnica e profissionalizante, entre outras mudanças.
Veja o que mudou no ensino médio
O novo ensino médio será dividido em duas partes, cujos conteúdos serão ensinados paralelamente. A maior parte, 60% da carga horária, será formada pela BNCC. A carga horária restante (40%) será composta pelas áreas específicas:
- Linguagens e suas Tecnologias;
- Ciência da Natureza e suas Tecnologias;
- Ciências Humanas e Sociais Aplicadas;
- Matemática e suas Tecnologias;
- Formação Técnica e Profissional.
A nova versão da BNCC será encaminhada para análise do Conselho Nacional de Educação (CNE) em março. Ela foi discutida durante um ano pelo Consed e a União Nacional de Dirigentes da Educação (Undime).
*com informações da Agência Brasil