A Comvest divulgou nesta quinta-feira, 11 de fevereiro, a lista de obras literárias que serão exigidas para o Vestibular 2022 da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Das obras que foram utilizadas nos Vestibular 2021, quatro foram substituídas. Tradicionalmente, a Unicamp cobrava 12 obras em seu vestibular, mas diminuiu para sete obras no ano passado, por conta das modificações no processo seletivo, ocasionadas pela pandemia do coronavírus. Já para o Vestibular 2022 serão 10 obras.
Veja as obras para o Vestibular 2022:
- Carta de Achamento do Brasil, de Pero Vaz de Caminha (nova)
- Niketche – uma História de Poligamia, de Paulina Chiziane (nova)
- Tarde, de Olavo Bilac (nova)
- Bons dias, de Machado de Assis (nova)
- Sonetos selecionados de Luís de Camões
- Sobrevivendo no inferno, de Racionais Mc’s
- O seminário dos ratos, de Lygia Fagundes Telles
- O marinheiro, de Fernando Pessoa
- A falência, de Júlia Lopes de Almeida
- O Ateneu, de Raul Pompeia
Saíram
- Sermões, de Antonio Vieira
- História do Cerco de Lisboa, de José Saramago
- A teus pés, de Ana Cristina César
- O Espelho, de Machado de Assis
Com as mudanças, a nova lista para o Vestibular 2022 fica com seis gêneros literários (Poesia, Conto, Teatro, Romance, Crônica e Carta/Relato de Viagem).
De acordo com a análise do professor de Literatura do Oficina do Estudante, Marcelo Maluf, as novas obras estão dentro do padrão. "As obras que entraram esse ano não tem nenhuma novidade ou polêmica. Está dentro do que a Unicamp sempre cobrou. Talvez, a única obra mais diferente seja ‘A Carta’ de Pero Vaz de Caminha, o primeiro documento histórico do Brasil. É um texto antiguíssimo e, provavelmente, vai entrar numa questão com história do Brasil, mais interdisciplinar", comentou.
O professor também destacou as características da obra de Machado de Assis. "Uma obra que chama a atenção por ser muito legal é a ‘Bons dias!’ do Machado de Assis. Estamos acostumados com suas obras clássicas e a Unicamp resolveu colocar uma obra que foi editada há pouco tempo, que são essas crônicas que o Machado escrevia no jornal com um pseudônimo. Para falar de política e coisas mais cotidianas, a transição do final do século XIX para o XX no Brasil", afirmou.
Para mais informações acesse o Site da Comvest/Unicamp.