O curso de Engenharia de Robôs é uma novidade no Brasil e trata-se de uma opção para os estudantes que desejam ter uma formação mais sólida na área de robótica. Até então, os que desejavam atuar nesse campo cursavam Engenharia Elétrica ou Eletrônica, Mecatrônica ou Automação Industrial, com ênfase em Robótica.
A grade curricular do curso de Engenharia de Robôs é bem mais específica e tem a robótica como objetivo final e não apenas uma opção complementar na formação do engenheiro. Neste caso, os profissionais serão capazes de não somente projetar manipuladores industriais, mas também robôs de serviços, autônomos e que interagem com os seres humanos.
Apesar de ser uma área de atuação recente, o Brasil já carece desses profissionais, pois a necessidade de novos robôs, em diversos segmentos, surgem a cada dia e não há muitas empresas no segmento. O egresso dessa graduação poderá ainda ocupar vagas no mercado de trabalho de outras áreas da Engenharia, como Elétrica, Mecânica e de Automação e Controle.
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O curso
É importante que o candidato ao curso de Engenharia de Robôs saiba que, como nos outros ramos da Engenharia, é necessário ter aptidão por exatas. Durante todo curso, o estudante tem contato com disciplinas que têm uma forte ligação com Matemática, Física e Programação.
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A grade curricular é fundamentalmente composta por quatro áreas: Mecânica, Eletrônica, Computação e Automação e Controle. Como a graduação é focada no projeto, desenvolvimento e aplicações de robôs, possui algumas disciplinas específicas, como: Visão Computacional, Aprendizado de Máquina, Navegação de Robôs Móveis, Robótica Probabilística, Cinemática de Robôs Móveis e Interação Humano-robô.
Atualmente, o curso é oferecido pelo Centro Universitário FEI de São Paulo. Segundo o Professor Flavio Tonidandel, autor e coordenador do curso, a robótica está crescendo muito em todo mundo. “É a tecnologia do futuro, principalmente quando associada com inteligência artificial”, explica o professor.
São 5 anos de curso, como as demais graduações de Engenharia, tempo necessário para completar a carga-horária mínima exigida pelo Ministério da Educação (MEC).
Mercado de Trabalho
Como trata-se de uma graduação nova, os primeiros profissionais devem se formar em 2023. A tendência é de que, até lá, a carência no mercado de trabalho esteja ainda maior. Assim, o Engenheiro de Robôs poderá atuar nas mais diversas áreas, desde a indústria até serviços, desenvolvendo a robótica para suprir as necessidades desses setores.
O egresso poderá ainda criar sua própria empresa de robótica, desenvolvendo novas tecnologias que possam dinamizar as atividades na indústria, comércio, medicina, entre outras áreas..
As chances de uma boa posição nesta área é grande, mas a ausência de profissionais formados em Engenharia de Robôs não permite uma projeção salarial para o ramo ainda.