Polícia Federal prende quadrilha que fraudava Enem no Nordeste

Ainda não se sabe se as prisões têm relação com o possível vazamento do tema da redação do Enem 2014
Em 14/11/2014 12h25 , atualizado em 14/11/2014 13h59 Por Adriano Lesme

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Na manhã desta sexta-feira, 14 de novembro, a Polícia Federal deflagrou uma quadrilha acusada de fraudar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e vestibulares para o curso de Medicina na Região Nordeste. A Operação Apollo prendeu duas pessoas no Ceará e outras duas na Paraíba e cumpriu nove mandatos de busca e apreensão nesses dois estados e também no Piauí.

Os presos estão envolvidos na prospecção de candidatos interessados em receber o gabarito durante as provas e de pessoas que fariam essas provas em um outro local e passariam o gabarito aos candidatos. 

No último sábado, 8, a PF prendeu dois participantes do Enem 2014 em Juazeiro do Norte, no Ceará, que tinham o gabarito da prova no celular. Eles se inscreveram como sabatistas e por isso iniciariam a prova do Enem somente às 18h, ou seja, depois dos demais participantes. 

A investigação começou há 13 meses e o esquema tinha como centro de atuação a região do Cariri, no sul do Ceará, mas as ações da quadrilha se estendiam também pela Paraíba. O foco da quadrilha eram os candidatos ao curso de Medicina, o mais concorrido na maioria das universidades públicas brasileiras. A PF agora quer descobrir quais candidatos foram beneficiados.

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A corporação destacou que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pelas provas do Enem, tem colaborado com as investigações desde o ano passado, “fornecendo as informações necessárias à identificação dos investigados e à elucidação da fraude”.

Redação

A PF também investiga um suposto vazamento do tema da redação do Enem no Piauí. Após a prova do último domingo, 9, o estudante Jomásio Barros, de 17 anos, divulgou um vídeo afirmando ter recebido naquela manhã, atavés de um grupo do aplicativo de celular WhatsApp, a imagem com o assunto que seria abordado na produção textual do exame. Foi aberto um inquérito policial para apurar a veracidade dos fatos e o celular do aluno foi recolhido para perícia. Segundo a PF, não há nenhuma evidência da ligação da quadrilha com esse caso.

Por Adriano Lesme
*com informações da Agência Brasil