Temas de redação para o Enem 2023
Professores e especialistas sugerem temas para a redação do Enem 2023 e explicam sobre as abordagens possíveis
Os possíveis temas de redação do Enem 2023 envolvem assuntos e questões atuais que provocam debates e possuem importância social.
O Brasil Escola conversou com professores e especialistas que sugeriram dez temas de redação para a prova do Enem 2023.
Confira dez possíveis temas de redação do Enem 2023:
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Impactos da Inteligência Artificial (IA)
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Escalada da violência escolar na sociedade brasileira
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Racismo no futebol
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Combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil
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Déficit habitacional no Brasil
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Obesidade
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Evasão escolar no Brasil
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Preservação da Floresta Amazônica
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Política unificada para identificação de pessoas desaparecidas
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Aumento da mortalidade materna no cenário pós pandemia
Os professores explicam abaixo o porquê que essas temáticas podem cair na redação do Enem.
Veja também: Os temas que já foram cobrados na redação do Enem
Temas de redação para o Enem 2023
Veja abaixo 10 sugestões de temas para a redação do Enem 2023:
Impactos da Inteligência Artificial (IA)
O ChatGPT e demais ferramentas de Inteligência Artificial (IA) têm gerado muitas discussões e questionamentos em diferentes áreas do conhecimento. Entre as perguntas que se fazem, estão:
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As IAs podem substituir pessoas no design, na educação ou em qualquer outra área?
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Quais são os limites éticos do uso da IA quando pensamos em direitos autorais?
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Quais os benefícios que a IA pode trazer para a área da Medicina e/ou desenvolvimento social?
Quanto ao Enem, caso a IA seja tema de redação, o mais provável é que a proposta seja mais específica como por exemplo os impactos das IAs na educação ou a ameaça para o mundo do trabalho.
A dica é que os estudantes possam estudar o tema de modo geral, compreender as ameaças aos diferentes âmbitos da humanidade e o que se pode fazer para evitar as consequências, como por exemplo o aumento da desigualdade social.
Saiba: Temas de redação que já caíram no Enem
Escalada da violência escolar na sociedade brasileira
Os episódios de violência em escolas brasileiras que ocorreram no início deste ano provocou o debate sobre as ameaças à integridade das pessoas da comunidade escolar.
Um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) realizou um mapeamento completo sobre os ataques premeditados em escolas brasileiras. O primeiro foi registrado em 2022 e desde então foram 23 ataques até abril de 2023.
A redação do Enem pode cobrar os motivos possíveis que causaram o aumento dos casos de violência. Será necessário apresentar alternativas para a resolução do problema.
Racismo no futebol
Os vários episódios de racismo sofridos por Vini Jr., jogador brasileiro do Real Madrid na Espanha, intensificaram o debate sobre o racismo no futebol neste ano.
As manifestações do racismo no futebol ocorrem em diversas situações, times e regiões de todo o mundo.
O tema reforça o fato de que o futebol ou qualquer outro esporte é um reflexo da sociedade, em que são representadas realidades vivenciadas e existentes no meio social.
Leia: O racismo, causas e consequências
Combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil
O Brasil ocupa o o 2º lugar no ranking de exploração sexual de crianças e adolescentes, perdendo apenas para Tailândia, segundo a Child Fund, agência de desenvolvimento social.
Em 2022, foram 112 mil denúncias de abusos e exploração de crianças e adolescentes na internet, aumento de 10% em relação ao ano anterior, aponta o levantamento.
Enquanto proposta de redação do Enem, a temática abrange algumas abordagens. Entre elas a internet como uma das causas para o agravamento do problema diante da ausência de orientação ou supervisão de adultos no consumo pelas crianças, ou mesmo da exploração e abuso de crianças e adolenscentes no ambiente da internet.
O texto pode discutir sobre as causas e consequências do problema, bem como apresentar mecanismos de proteção desses abusos.
Leia também: O que zera e anula a redação do Enem
Déficit habitacional no Brasil
Com a retomada da discussão sobre os programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida, criado em 2009, o déficit habitacional no Brasil se tornou uma temática presente nos debates e na mídia.
Obesidade
A obesidade afeta milhões de brasileiros e é uma questão de saúde pública.
Grande parte da população brasileira faz os acompanhamentos médicos via Sistema Único de Saúde (SUS) e isso gera custos importantes para os sistema público.
É possível observar também os reflexos da desigualdade na obesidade, já que há muitas pessoas que se alimentam de alimentos ultraprocessados que são baratos.
Evasão escolar no Brasil
Levantamento recente da Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec) mostra que 2 milhões de estudantes entre 11 e 19 anos não estão na escola.
Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), são 35,9% de jovens que nem estudam nem trabalham, conhecidos como geração nem nem.
A questão é intrinsecamente social e envolve desigualdade, políticas públicas, estrutura de ensino, dificuldade de aprendizagem entre outros fatores.
Preservação da Floresta Amazônica
A Floresta Amazônica tem sido cada vez mais devastada. Desde os incêndios de 2019, o desmatamento tem registrado áreas maiores, como é o caso do primeiro trimestre deste ano que foi de cerca de mil campos de futebol.
O assunto foi abordado no painel mediado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) na 27ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP27), em que foi discutida a importância da preservação da Floresta Amazônica para o cumprimento dos compromissos do Brasil em relação às medidas necessárias para frear a mudança climática.
O Enem pode cobrar a discussão sobre como as autoridades brasileiras podem combater ações que intensificam a derrubada da floresta, como o garimpo ilegal, madeireiras irregulares, entre outras.
Política unificada para identificação de pessoas desaparecidas
De acordo com um levantamento inédito do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entre 2019 e 2021, foram registrados mais de 200 mil pessoas desaparecidas no Brasil.
Entre os desaparecidos, o grupo dos adolescentes (12 a 17 anos) é majoritário, eles representam 29,3% do total.
As causas do desaparecimento são diversas. Uma questão que se pode destacar nesse fato é a ausência de um banco de dados unificado que permita o cadastro dessas pessoas e a facilidade de acesso à informação em qualquer estado do país.
A Lei da Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas foi sancionada em 2019, entretanto o banco unificado ainda não foi criado, e o país também enfrenta desafios de procedimentos operacionais para viabilizar a busca por esses indivíduos.
A cobrança desse tema é mais viável que aconteça pensando nos impeditivos para resolução efetiva do problema e não necessariamente as causas do desaparecimento.
Aumento da mortalidade materna no Brasil no cenário pós pandemia
Dados do Observatório Obstétrico Brasileiro (OOBr) deste ano mostraram que a mortalidade materna no Brasil quase dobrou em 2021 em relação ao ano anterior.
Segundo Agatha Rodrigues, coordenadora do OOBr, a razão de mortalidade materna, que mede o número de mortes de gestantes e puérperas por 100 mil nascidos vivos, se aproximou dos níveis de 25 anos atrás.
No Enem, essa questão pode ser cobrada como um desafio a ser resolvido, mas é preciso cuidado: antes de apresentar a resolução de qualquer problema na redação, é preciso apresentar possíveis causas e consequências relacionadas à questão, o que fará o estudante refletir sobre os retrocessos causados pela pandemia e também sobre as políticas públicas destinadas ao tema.
Vídeo sobre redação do Enem
Confira no vídeo abaixo cinco passos para fazer uma redação do Enem nota mil:
Para a construção dessa matéria o Brasil Escola conversou com:
- Rafaella Carvalho - Coordenadora de Redação do Colégio Poliedro de São José dos Campos
- Gabrielle Cavalin - Coordenadora de Redação de Unidades Escolares do Poliedro
- Cássio de Albuquerque - Coordenador da Redação Nota 1000
- Thiago Braga - Autor de Língua Portuguesa do Sistema de Ensino pH