A partir desse ano MEC irá liberar acesso às redações corrigidas do Enem
Órgão reconheceu ainda que 129 redações do Enem 2011 continham erro material na correção.
O Ministério da Educação (MEC) divulgou ontem, 16 de janeiro, que, para cumprir um acordo firmado com o Ministério Público Federal (MPF) em 2011, todos os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terão acesso às suas redações corrigidas a partir desse ano.
Essa é uma resposta ao pedido do MPF do Ceará e da Defensoria Pública do Rio de Janeiro que será encaminhada à Justiça Federal. No ano passado, esses órgãos entraram com ações para que o MEC mostrasse a todos os estudantes que fizeram o Enem 2011 a correção de suas redações. Vale lembrar, que a possibilidade de recurso aos candidatos ainda não foi concedida.
A justificativa do MEC para não ter atendido ao pedido antes é de que até o ano passado não havia uma ferramenta digital disponível para a consulta dos quatro milhões de participantes às folhas de resposta que trazem a correção da redação. Porém, como o sistema utilizado no último Enem e no Sistema de Seleção Unificada (SiSU) não apresentou problemas, ele poderá ser utilizado para a visualização das redações.
Erros de correções
Também nesta segunda-feira, o MEC admitiu que 129 redações do Enem 2011 tiveram erro material. Tal falha consiste, por exemplo, em um número trocado no envelope de identificação ou quando uma prova não é escaneada corretamente e fica em branco.
O órgão revelou que alguns casos foram percebidos antes da divulgação do resultado do exame, já outros só após o pedido judicial de vista de prova feito por alguns candidatos. Porém, afirmou ainda que todas as alterações foram comunicadas aos estudantes.
Na última edição do Enem, o MEC recebeu 122 pedidos judiciais para vista da prova da redação e todos foram atendidos. Desses, 79 solicitaram também a revisão das notas, mas somente um foi atendido, o de um estudante de São Paulo. O caso da alteração da nota de um aluno de Minas Gerais não foi necessário entrar com ação na Justiça.
Por Dayse Luan
Com informações da Agência Brasil