UFF muda política de cotas para o Processo Seletivo 2013

Instituição vai reservar vagas adicionais exclusivamente para alunos da rede municipal e estadual.
Em 19/10/2012 17h02 , atualizado em 25/10/2012 13h20 Por Adriano Lesme

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Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, 19 de outubro, o reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Roberto Salles, anunciou que o Programa de Políticas Afirmativas da instituição sofrerá mudanças a partir do vestibular para ingresso em 2013. As alterações se fizeram necessárias para a UFF se adequar a Lei das Cotas.

Antes da aprovação da lei, a UFF previa reservar no próximo vestibular 25% do total de vagas para candidatos de colégios públicos municipais e estaduais. Como a lei incluiu como cotistas os estudantes de escolas federais, militares e de aplicação, que na opinião do reitor são do mesmo nível que os colégios particulares, a UFF decidiu reservar mais 10% das vagas apenas para os candidatos de escolas públicas municipais e estaduais.

Sendo assim, o processo seletivo para ingresso em 2013 reservará 12,5% de vagas para candidatos beneficiados pela Lei das Cotas, ou seja, o mínimo exigido para o próximo ano, e mais 10% para vestibulandos da rede pública municipal e estadual, totalizando 22,5% de vagas para cotistas.

A UFF pensa também em cancelar o bônus de 20% na pontuação do vestibular para os candidatos cotistas. Segundo a Coordenação de Seleção Acadêmica da UFF (Coseac), um edital será divulgado na semana que vem com mais informações sobre a nova política de cotas.

Entenda a lei

A Lei nº 12.711 de 29 de agosto de 2012, ou Lei das Cotas, determina que 50% das vagas das instituições de ensino superior federais devem ser destinadas para candidatos que concluíram todo o ensino médio em escolas públicas. A implantação deve ocorrer em quatro anos, até 30 de agosto de 2016, sendo que 25% dessas vagas sejam oferecidas gradualmente em cada ano.

Deste modo, os vestibulares para ingresso em 2013 terão que reservar, no mínimo, 12,5% do total de vagas para candidatos cotistas. Metade delas deverá ser preenchida por estudantes de baixa renda e a outra metade por negros, índios e pardos, de acordo com proporção de cada etnia no Estado onde está localizado o campus, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Por Adriano Lesme
*com informações da Agência Brasil