A Universidade Federal Fluminense (UFF) foi uma das primeiras instituições de ensino superior a adotar um programa de ação afirmativa em seu processo seletivo. A partir do Vestibular 2008 até a aprovação da Lei das Cotas em 2012, os estudantes de escolas municipais e estaduais tinham direito a um bônus de 20% na pontuação final do vestibular.
A partir da aprovação da Lei das Cotas em 2012, ou seja, do processo seletivo para ingresso em 2013, a UFF foi obrigada a alterar sua política de ação afirmativa. Para o Vestibular 2013, a universidade decidiu reservar 12,5% do total de vagas para candidatos beneficiados pela lei, percentual mínimo exigido para entrada em 2013. Antes da aprovação da lei, a UFF previa reservar 25% das vagas para candidatos de colégios públicos municipais e estaduais, com renda familiar de até 1,5 salário mínimo.
Na época da aprovação da lei, o reitor Roberto Salles concedeu uma entrevista coletiva posicionando-se contra a Lei das Cotas, pois “ela considera como escolas públicas também os colégios federais, militares e de aplicação, cujos alunos, todos sabem, são tão bem preparados quanto os das melhores escolas particulares”. Sendo assim, a UFF decidiu reservar mais 10% das vagas exclusivamente para estudantes de escolas públicas municipais e estaduais.
Portanto, o Vestibular 2013 da UFF terá 22,5% das vagas reservadas para cotistas. Até o processo seletivo para ingresso em 2016, a universidade terá que reservar metade das vagas para beneficiados pela Lei das Cotas.