Os temas de Português que mais caem no Enem são interpretação de texto, gêneros textuais, variação e modalidade linguística, coesão e coerência, funções de linguagem e figuras de linguagem. Porém, em menor quantidade, são cobrados também temas de gramática, contexto e semântica, hipertexto, tipos textuais, intertextualidade, denotação e conotação.
Leia também: Quais são os conteúdos de Literatura que mais caem no Enem?
Tópicos deste artigo
- 1 - O que é cobrado de Português no Enem?
- 2 - Dicas de Português para o Enem
- 3 - Questões de Português do Enem
O que é cobrado de Português no Enem?
Analisamos as provas de Linguagens, códigos e suas tecnologias do Enem e descobrimos que os temas de Português que mais caem no Enem são, nesta ordem:
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interpretação de texto;
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gêneros textuais;
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variação e modalidade linguística;
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coesão e coerência;
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funções de linguagem;
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figuras de linguagem;
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gramática;
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contexto e semântica;
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hipertexto;
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tipos textuais;
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intertextualidade;
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denotação e conotação.
Sem sombra de dúvida, a interpretação de texto é o mais cobrado. No entanto, é preciso estudar conteúdos como coesão e coerência, gêneros textuais, funções de linguagem e tipos textuais, por exemplo. E, apesar de questões objetivas de gramática serem raras na prova de Linguagens, códigos e suas tecnologias, o conhecimento gramatical é importante para se perceber alguns elementos de coesão e coerência de um texto.
Veja também: Como fazer a interpretação de textos no Enem?
Dicas de Português para o Enem
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Cultive o hábito da leitura, pois pessoas que leem com frequência desenvolvem a habilidade de interpretar textos.
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No seu dia a dia de leitura e de estudos, preste atenção nas palavras novas que encontrar e busque seu significado em dicionários. Afinal, ter um léxico amplo vai facilitar seu entendimento do texto lido.
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Busque as provas de Linguagens, códigos e suas tecnologias e faça o máximo de questões possível, de forma a ficar familiarizado(a) com o estilo do Enem.
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É essencial o estudo dos tipos e gêneros textuais, das funções de linguagem e da intertextualidade, além dos elementos contextuais de um texto. Isso tudo é importante para auxiliar na leitura.
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Estude a gramática normativa, pois ela é importante em processos de coesão e coerência. Além disso, eventuais questões gramaticais podem fazer parte da prova. Atenção especial para a sintaxe e a semântica.
Questões de Português do Enem
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Questão 1
(Enem 2011)
A discussão sobre “o fim do livro de papel” com a chegada da mídia eletrônica me lembra a discussão idêntica sobre a obsolescência do folheto de cordel. Os folhetos talvez não existam mais daqui a 100 ou 200 anos, mas, mesmo que isso aconteça, os poemas de Leandro Gomes de Barros ou Manuel Camilo dos Santos continuarão sendo publicados e lidos — em CD-ROM, em livro eletrônico, em “chips quânticos”, sei lá o quê. O texto é uma espécie de alma imortal, capaz de reencarnar em corpos variados: página impressa, livro em Braille, folheto, “coffee-table book”, cópia manuscrita, arquivo PDF... Qualquer texto pode se reencarnar nesses (e em outros) formatos, não importa se é Moby Dick ou Viagem a São Saruê, se é Macbeth ou O livro de piadas de Casseta & Planeta.
TAVARES, B. Disponível em: http://jornaldaparaiba.globo.com.
Ao refletir sobre a possível extinção do livro impresso e o surgimento de outros suportes em via eletrônica, o cronista manifesta seu ponto de vista, defendendo que
A) o cordel é um dos gêneros textuais, por exemplo, que será extinto com o avanço da tecnologia.
B) o livro impresso permanecerá como objeto cultural veiculador de impressões e de valores culturais.
C) o surgimento da mídia eletrônica decretou o fim do prazer de se ler textos em livros e suportes impressos.
D) os textos continuarão vivos e passíveis de reprodução em novas tecnologias, mesmo que os livros desapareçam.
E) os livros impressos desaparecerão e, com eles, a possibilidade de se ler obras literárias dos mais diversos gêneros.
Resolução:
Alternativa D.
A questão exige a interpretação de uma crônica. Ao ler essa crônica, a leitora e o leitor devem perceber que ela defende que “os textos continuarão vivos e passíveis de reprodução em novas tecnologias, mesmo que os livros desapareçam”. Afinal, a crônica compara o texto a “uma espécie de alma imortal”, que pode “reencarnar” em diversos formatos.
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Questão 2
(Enem 2013)
Os gráficos expõem dados estatísticos por meio de linguagem verbal e não verbal. No texto, o uso desse recurso
A) exemplifica o aumento da expectativa de vida da população.
B) explica o crescimento da confiança na instituição do casamento.
C) mostra que a população brasileira aumentou nos últimos cinco anos.
D) indica que as taxas de casamento e emprego cresceram na mesma proporção.
E) sintetiza o crescente número de casamentos e de ocupação no mercado de trabalho.
Resolução:
Alternativa E.
A questão exige interpretação de texto verbal e não verbal, além do conhecimento acerca do gênero textual gráfico. Diante das estatísticas, é perceptível que o gráfico “sintetiza o crescente número de casamentos e de ocupação no mercado de trabalho”, já que informa que o número de casamentos e de ocupação no mercado de trabalho aumentou entre a população acima de 60 anos.
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Questão 3
(Enem 2016)
Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto. É, a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significado, conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada um, reconhecer nele o tipo de leitura que seu autor pretendia e, dono da própria vontade, entregar-se a essa leitura, ou rebelar-se contra ela, propondo uma outra não prevista.
LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1993.
Nesse texto, a autora apresenta reflexões sobre o processo de produção de sentidos, valendo-se da metalinguagem. Essa função da linguagem torna-se evidente pelo fato de o texto
A) ressaltar a importância da intertextualidade.
B) propor leituras diferentes das previsíveis.
C) apresentar o ponto de vista da autora.
D) discorrer sobre o ato da leitura.
E) focar a participação do leitor.
Resolução:
Alternativa D.
A questão exige conhecimento acerca de função da linguagem. Particularmente, da função metalinguística. Essa função é aquela que faz com que um texto faça referência a si próprio. Assim, ao “discorrer sobre o ato da leitura”, o texto de Lajolo está falando sobre texto. Portanto, é autorreferencial. Do mesmo modo, é possível pensar que o texto fala sobre o ato da leitura, que é a ação que estamos realizando ao ler tal texto.
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Questão 4
(Enem 2016)
Quem procura a essência de um conto no espaço que fica entre a obra e seu autor comete um erro: é muito melhor procurar não no terreno que fica entre o escritor e sua obra, mas justamente no terreno que fica entre o texto e seu leitor.
OZ, A. De amor e trevas. São Paulo: Cia. das Letras, 2005 (fragmento).
A progressão temática de um texto pode ser estruturada por meio de diferentes recursos coesivos, entre os quais se destaca a pontuação. Nesse texto, o emprego dos dois-pontos caracteriza uma operação textual realizada com a finalidade de
A) comparar elementos opostos.
B) relacionar informações gradativas.
C) intensificar um problema conceitual.
D) introduzir um argumento esclarecedor.
E) assinalar uma consequência hipotética.
Resolução:
Alternativa D.
A questão avalia conhecimentos acerca de mecanismos coesivos, além de um tema gramatical, ou seja, o uso de pontuação. Portanto, é necessário saber que os dois-pontos têm valor explicativo. Assim, eles são usados no texto para “introduzir um argumento esclarecedor” em relação ao que foi dito anteriormente.
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Questão 5
(Enem 2019)
Slow Food
A favor da alimentação com prazer e da responsabilidade socioambiental, o slow food é um movimento que vai contra o ritmo acelerado de vida da maioria das pessoas hoje: o ritmo fast-food, que valoriza a rapidez e não a qualidade. Traduzido na alimentação, o fast-food está nos produtos artificiais, que, apesar de práticos, são péssimos à saúde: muito processados e muito distantes da sua natureza — como os lanches cheios de gorduras, os salgadinhos e biscoitos convencionais etc. etc.
Agora, vamos deixar de lado o fast e entender melhor o slow food. Segundo esse movimento, o alimento deve ser:
• bom: tão gostoso que merece ser saboreado com calma, fazendo de cada refeição uma pausa especial do dia;
• limpo: bom à saúde do consumidor e dos produtores, sem prejudicar o meio ambiente nem os animais;
• justo: produzido com transparência e honestidade social e, de preferência, de produtores locais.
Deu pra ver que o slow food traz muita coisa interessante para o nosso dia a dia. Ele resgata valores tão importantes, mas que muitas vezes passam despercebidos. Não é à toa que ele já está contagiando o mundo todo, inclusive o nosso país.
Disponível em: www.maeterra.com.br. Acesso em: 5 ago. 2017.
Algumas palavras funcionam como marcadores textuais, atuando na organização dos textos e fazendo-os progredir. No segundo parágrafo desse texto, o marcador “agora”
A) define o momento em que se realiza o fato descrito na frase.
B) sinaliza a mudança de foco no tema que se vinha discutindo.
C) promove uma comparação que se dá entre dois elementos do texto.
D) indica uma oposição que se verifica entre o trecho anterior e o seguinte.
E) delimita o resultado de uma ação que foi apresentada no trecho anterior.
Resolução:
Alternativa B.
A questão exige conhecimento acerca de mecanismos de coesão e de coerência. Ao utilizar o marcador “agora”, o enunciador do texto muda o foco, ou seja, passa do fast para o slow food.
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Questão 6
(Enem 2021)
Falso moralista
Você condena o que a moçada anda fazendo
e não aceita o teatro de revista
arte moderna pra você não vale nada
e até vedete você diz não ser artista
Você se julga um tanto bom e até perfeito
Por qualquer coisa deita logo falação
Mas eu conheço bem o seu defeito
e não vou fazer segredo não
Você é visto toda sexta no Joá
e não é só no Carnaval que vai pros bailes se acabar
Fim de semana você deixa a companheira
e no bar com os amigos bebe bem a noite inteira
Segunda-feira chega na repartição
pede dispensa para ir ao oculista
e vai curar sua ressaca simplesmente
Você não passa de um falso moralista
NELSON SARGENTO. Sonho de um sambista. São Paulo: Eldorado, 1979.
As letras de samba normalmente se caracterizam por apresentarem marcas informais do uso da língua. Nessa letra de Nelson Sargento, são exemplos dessas marcas
A) “falação” e “pros bailes”.
B) “você” e “teatro de revista”.
C) “perfeito” e “Carnaval”.
D) “bebe bem” e “oculista”.
E) “curar” e “falso moralista”.
Resolução:
Alternativa A.
Essa questão exige conhecimento acerca de variação e modalidade linguística. É preciso saber que as expressões “falação” e “pros bailes” são informais e apresentam marcas da linguagem falada ou coloquial.
Fontes
Provas do Enem: 1998 a 2023.