Quando criança, certamente você já teve que responder esta pergunta: "O que você quer ser quando crescer?". Durante a vida escolar, surgem identificações com algumas áreas do conhecimento e determinadas habilidades. Um gosta de Matemática, enquanto o colega prefere Redação, assim como existe aquele (a) que é bom nos esportes e se dedica à Educação Física, e ainda surgem os artistas, que com sua sensibilidade colocam em prática o que equações não podem demonstrar.
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O processo de descoberta do ser é complexo e muitas vezes não tem fim. Existem pessoas que passam a vida toda procurando algo que as façam realizadas pessoal e profissionalmente e, nessa procura, umas acham algo que as satisfaçam, enquanto outras permanecem na eterna inquietude, sentimento esse que pode levar à infelicidade.
Nossas escolhas começam a se intensificar, por pressão cultural, ainda na adolescência. "Faça isso", "evite aquilo", "escolha esse", "não ande com aquele". Frases recebidas muitas vezes como ordens da família e professores, por exemplo, podem interferir na forma como o adolescente lida com seus desejos e sonhos.
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A cultura da estabilidade e da busca pelo poder e reconhecimento impede muitos jovens de conhecerem novas possibilidades de carreira. É cada vez mais comum os colégios focarem em seus ditos "melhores alunos", treinando-os para os vestibulares de Medicina e Engenharia, estampando os rostos de seus aprovados em outdoors. Quando a pressão não vem do ambiente de estudo, pode aparecer dentro de casa, o que limita o pensamento crítico do jovem.
Aí vai um recado para você, adolescente em idade escolar ou adulto que procura novas oportunidades: existem outras carreiras que podem te fazer feliz. Não se sinta oprimido por não se identificar com as disciplinas de Exatas (como matemática) ou Biológicas, isso é questão de personalidade e caráter. O ser humano é único à sua própria maneira, podemos ser semelhantes, mas alguma característica nos distingue uns dos outros.
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A área de Humanas é uma opção vasta para o ramo universitário. No entanto, muitos estudantes sentem vergonha, infelizmente, de fazer vestibular para tais cursos por conta de menosprezo dos pais, medo de possível instabilidade financeira, além das brincadeiras constantes com quem faz essa escolha. Estudantes de outras áreas costumam brincar que o futuro do pessoal de Humanas é "vender miçanga na praia" ou trabalhar em fast-food. Universitários e profissionais de Humanas também são estereotipados como esquerdistas, feministas, maconheiros e por aí vai.
Humor
Pensando nessa já conhecida zoeira em torno da área, os próprios estudantes de Humanas têm entrado na onda e encarado as brincadeiras como um estilo de vida, resultando inclusive em famosas páginas em redes sociais, nas quais piadas e memes são compartilhados em grande escala.
Página no Facebook faz brincadeiras com a área de Humanas
Arrisque
Então para e pense! Quantos de vocês se identificam com os prazeres da escrita, por exemplo? Colocar em palavras a sua opinião e os seus sentimentos sobre uma situação é uma das melhores coisas para quem se identifica com a área de Humanas. Mas não só de escrita vive um estudante de Humanas: o passeio e fascínio pela História, o gosto pela investigação, a indagação sobre os porquês do ser, a sensibilidade e beleza das artes, assim como a vontade de defender o próximo, são características presentes em diferentes cursos desta área.
Se já no ensino médio você se identifica com as disciplinas que envolvem Português, História, Filosofia e Sociologia, conheça mais sobre as Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas e Sociais e veja se Humanas é a sua área. Arrisque, pense que a vida lhe dá diversas oportunidades e é possível sempre recomeçar. E vamos combinar, divertido é contar histórias (instinto do Jornalismo e das Letras), criar possibilidades (como os publicitários), defender causas (como os bacharéis em Direito), questionar (como um bom filósofo) e, como um bom "Humanas", viver em busca de desconstruir paradigmas.