Pesquisa identifica impacto da Covid nos planos dos brasileiros de estudar no exterior
Preferência dos brasileiros é por curso de inglês que permita trabalhar meio período.
Na sua sexta edição, a Pesquisa Belta 2021 focou no impacto da pandemia de Covid-19 no mercado de intercâmbios, tanto entre agências quanto entre os brasileiros interessados em estudar no exterior. Embora a maioria dos estudantes tenha adiado os planos de realizar o intercâmbio por questões financeiras ou preocupação sanitária, 82% afirmaram que ainda continuam interessados em estudar no exterior em breve.
Planos de intercâmbio para 2022
A nova edição da Pesquisa Belta, a segunda focada no impacto da Covid-19 no mercado de estudos internacionais, contou com a participação de 374 estudantes, que tiveram de agosto a setembro de 2021 para responder um questionário online – uma queda significativa em comparação aos 2.827 respondentes de 2020.
Mesmo com todas as adversidades, os brasileiros se mantêm otimistas para estudar no exterior em 2022. Apenas 2,1% responderam ter desistido definitivamente do intercâmbio por causa da pandemia. A grande maioria adiou os planos: 21,7% acreditam que conseguirão estudar fora no primeiro semestre de 2022 e 26,2%, no segundo semestre de 2022.
Com o período prolongado de pandemia e restrições de viagens internacionais, os brasileiros interessados em estudar no exterior aceitaram buscar por alternativas. Sessenta e seis por cento dos respondentes estão dispostos a fazer aulas em um modelo híbrido, que combine aulas online e presenciais, se isso significar alguma facilidade na obtenção do visto para estudantes que iniciarem o curso online no Brasil.
Além disso, 63% aceitariam começar o curso online já no país de destino e 58,8% não se importariam de passar por uma quarentena de 14 dias no exterior, mesmo tendo de arcar com os custos da estadia, se pudessem começar o curso totalmente presencial depois disso.
País e curso mais popular entre os estudantes brasileiros
O Canadá continua sendo o destino de estudo mais desejado pelos estudantes brasileiros, além de ser indicado como o país que melhor lidou com a pandemia e o mais preparado para voltar a receber alunos estrangeiros.
Uma diferença em relação à edição de 2020 é que os Estados Unidos voltaram a aparecer em segundo lugar nas respostas dos brasileiros. Depois de ficar apenas em oitavo lugar em referência na luta contra o Covid-19, esse ano os brasileiros têm uma percepção bem mais positiva em relação ao país.
Os dez principais destinos de estudo para os brasileiros são:
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Canadá (80,3%)
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Estados Unidos (70,7%)
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Reino Unido (69,9%)
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Austrália (58,5%)
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Nova Zelândia (58,5%)
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França (58,3%)
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Irlanda (55,5%)
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Holanda (51,7%)
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Alemanha (43,3%)
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Malta (38,1%)
As respostas eram múltiplas, por isso a soma é superior a 100%.
Agora, quando o assunto é o tipo de intercâmbio, pela primeira vez em seis anos de Pesquisa Belta, “curso de idiomas com trabalho temporário” foi o mais votado, com 38%.
Embora de maneira fragmentada, os brasileiros ainda mostram interesse por um curso acadêmico de ensino superior no exterior: graduação teve 8,4% das respostas; curso profissional, certificado ou diploma, 4,8%; pós-graduação (MBA ou Master), 4,5%; e pós-graduação stricto sensu (mestrado ou doutorado), 4,2%.
A principal influência apontada pelos brasileiros na hora de escolher um intercâmbio foi o preço do curso, com 89,8% das respostas, seguido pelo preço da hospedagem, 89,1%.