Aprovado em 1º lugar na Unesp 2023 dá dicas para passar no vestibular de Medicina
Fazer um planejamento efetivo de estudos e implementar revisões mais frequentes são dicas do estudante
Arthur Barbarini Yoshida, 20 anos, de São Paulo, é o primeiro colocado na carreira de Medicina oferecida no Vestibular 2023 da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O curso foi o mais procurado do processo seletivo, com quase 240 candidatos por vaga.
O vestibular da Unesp 2023 contou com duas etapas, cujas provas foram aplicadas em novembro e dezembro de 2022. Quando saiu das provas da segunda fase e corrigiu as questões, o estudante imaginou que poderia passar na seleção, mas confessa que ficou surpreso com o resultado.
“Quando recebi o resultado do 1º lugar para Medicina da Unesp 203, fiquei muito feliz e surpreso, pois não esperava. Quando abri o resultado, até recarreguei página para verificar se não havia algum erro no sistema”, relembra.
Rotina de estudos para vestibular de Medicina
Arthur fez dois anos no cursinho Poliedro, em São Paulo. Mas, segundo ele, os dois anos foram completamente diferentes: enquanto o primeiro foi mais puxado e tenso, o segundo foi mais leve.
O aluno conta que, no seu primeiro ano de cursinho, a sua rotina era mais pesada, talvez por querer estabelecer uma base forte para os conteúdos que, até então, ele não havia aprendido. Ele, por exemplo, tinha mais dificuldade nas matérias de humanas, como história e geografia.
Saiba mais: como criar uma rotina de estudos
A rotina de Arthur incluía estudar nos intervalos, no almoço, desde que chegava em casa até dormir. Ele afirma que mal saía com meus amigos ou com a família. “O resultado foi que cheguei nas provas em um estado saturado e acredito que isso tenha prejudicado meu desempenho”, analisa.
No segundo ano de cursinho, Arthur Yoshida comenta que resolveu fazer algo diferente e que, segundo ele, foi um dos caminhos para a aprovação no vestibular.
“No 2º ano de cursinho para o vestibular 2023 da Unesp, adicionei à minha rotina válvulas de escape para toda a tensão: matriculei-me na academia, saía ocasionalmente com amigos e familiares e até comecei a namorar. Em casa, mantinha uma rotina puxada de estudos, mas com mais parcimônia, evitando cobrar-me tanto quanto antes”, desabafa Arthur.
O jovem ressalta que, no segundo ano de cursinho, a quantidade de horas de estudos variava, uma vez que ele considerava muito difícil sustentar um rendimento elevado por prolongados dias.
Dicas para passar no vestibular para Medicina
Arthur Yoshida pretende ajudar candidatos a se darem bem nas provas. Para isso, ele separou dicas para quem quer passar no vestibular de Medicina. Anote!
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Faça um planejamento efetivo de estudos e revisão;
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Estude também as matérias nas quais você tem dificuldade para sanar as deficiências;
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Revise as matérias por tempo e não por quantidade de questões;
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Implemente revisões mais frequentes, sendo essas semanais, mensais e esporádicas (quando sobra tempo);
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Tenha um "caderno de inseguranças", onde pode anotar todas as dúvidas e separá-las pelo grau de dificuldade;
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Faça flashcards (cartões impressos ou digitais usados para ajudar a memorizar os conteúdos).
Arthur também criou uma conta no Instagram focada em ajudar estudantes, onde postará revisões diárias e dicas de estudo, abrangendo dicas de planejamento, anotações, estudo, revisão, técnica de prova, entre outras.
=>Siga a página: @ayoshida.med
Por que curso de Medicina?
Quando era mais novo, Arthur Yoshida, primeiro lugar no curso de Medicina no Vestibular 2023 da Unesp, tinha admiração pela profissão médica, mas confessa que esteve indeciso sobre persegui-la até o terceiro ano do ensino médio.
O jovem se recorda que chegou a ter dúvidas entre as mais diversas profissões, como medicina, arquitetura, engenharia, entre outras. Ele até ressalta que até pensou brevemente em tornar-se músico.
“No segundo semestre do terceiro ano fiz uma reflexão sobre meus objetivos de vida e percebi que a medicina me oferecia a combinação perfeita do que procurava: contato constante com pessoas novas, a capacidade de ajudá-las e oportunidades de pesquisa”, salienta.
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O curso de Medicina tem duração de seis anos. Em seguida, os formados podem optar por diversas especialidades, tais como Cardiologia, Pediatria e Pneumologia.
“Tenho uma inclinação especial pela neurocirurgia, já que sempre tive um fascínio pelo funcionamento do cérebro e pelo quanto ainda é desconhecido sobre ele”, explica Arthur.
Entretanto, o estudante sabe que os calouros do curso de Medicina tendem a mudar de ideia durante a graduação, uma vez que sabem muito pouco. Desse modo, ele afirma estar aberto a todas as especialidades: “Vai que uma delas me conquista mais!”, imagina.