A Universidade da Integração da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) realizará um vestibular específico para pessoas transgêneras e intersexuais. As inscrições serão recebidas de 15 a 24 de julho, gratuitamente.
Acesse a página do Vestibular da Unilab
A primeira etapa da inscrição será o preenchimento online do formulário, o qual estará disponível no site do Vestibular da Unilab de segunda-feira (15) até às 15h de 24 de julho. O passo seguinte é a escrita do Memorial e envio da documentação descrita no Edital.
O Memorial de inscrição deve ser um texto (com no máximo três páginas), redação em que a (o) candidata (o) deve descrever sua trajetória, seu percurso escolar, sua vivência social e suas expectativas na universidade. O texto pode ser digitado ou escrito à mão e deverá ser enviado para o e-mail trans-intersexos@unilab.edu.br, no formato PDF.
Quem pode participar?
O Vestibular contempla transexuais, travestis, pessoas não binárias e intersexuais, conforme definição da Organização Mundial de Saúde (OMS).
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Vestibular
A seleção considerará o Memorial enviado na inscrição e também terá avaliação por uma prova de redação. Os locais do Vestibular serão informados em 15 de agosto, enquanto o processo seletivo será realizado no dia 25 seguinte.
O resultado final do Vestibular da Unilab para pessoas transgêneras e intersexuais será publicado em 5 de setembro. A pré-matrícula será realizada nos dias 17 e 18 seguintes, enquanto a confirmação de Matrícula será feita em 25 e 26 de setembro. Para o Ceará, o registro acadêmico será confirmado nas coordenações dos cursos, já na Bahia o procedimento será na secretaria de cursos.
Vagas
A Unilab oferece 120 vagas para este primeiro Vestibular para pessoas transgêneras e intersexuais. Destas oportunidades, 69 são para o Ceará (campus da Liberdade e Unidade Acadêmica dos Palmares) e 51 para a Bahia (campus do Malês).
Inclusão Social
Este é o primeiro vestibular voltado exclusivamente para pessoas transgêneras e intersexuais, o que demonstra um passo importante na inclusão social para tal parcela da população.
Outras instituições públicas de ensino contam com cotas para pessoas trans, mas o número de oportunidades é inferior e a adoção da reserva de vagas é algo recente. Adotaram tais cotas as universidades federais do Sul da Bahia (UFSB), da Bahia (UFBA) e do ABC Paulista (UFABC).
Um levantamento feito pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), publicado em maio deste ano, mostra que apenas 0,2% de estudantes de graduação das universidades federais se identificam como pessoas transgêneras.
Mais informações no Edital e pelo site da Unilab.