UFMG altera fórmula de bônus para cotistas no Vestibular

Estudantes de escolas públicas passam a receber de 5 a 7,5% de bônus na pontuação do Enem.
Em 04/05/2012 17h26 , atualizado em 04/05/2012 17h32 Por Adriano Lesme

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A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciou nesta sexta-feira, 04 de maio, que a fórmula para o cálculo do sistema de bônus sociorracial para o Vestibular vai sofrer alterações. O motivo da mudança é adequar o sistema de bônus ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que corresponde à primeira fase do vestibular.

A partir do Vestibular 2013, os candidatos que comprovarem ter cursado as três séries do ensino médio e os quatro últimos anos do ensino fundamental em escolas públicas passam a receber 5% de bonificação na nota do Enem. O bônus sobe para 7,5% se o candidato que estudou na rede pública se autodeclarar negro ou pardo.

O sistema de bônus foi implantado na UFMG no Vestibular 2009, quando os candidatos oriundos de escolas públicas teriam bônus de 10%, e, caso se declarassem negros ou pardos, esse percentual subiria para 15%. Estes percentuais foram adotados também no Vestibular 2010, mas nos Vestibulares 2011 e 2012 a UFMG adotou uma fórmula matemática (polinômio) para se adequar as notas do Enem.

A intenção da UFMG é manter a atual política de 33% de bonistas aprovados no vestibular e, para isso acontecer, teve que substituir o polinômio por uma equação simples (regra de três). “Esta mudança de percentuais não significa redução no número de bonistas que entram na UFMG. A mudança é necessária por causa da alteração no cálculo de transposição da nota do Enem para a UFMG, que não usará mais o polinômio” – explica a pró-reitora de Graduação da UFMG, Antônia Aranha.

Na segunda fase, quando as provas são aplicadas pela própria UFMG, não haverá nenhuma alteração no sistema de bônus. O percentual continua sendo 10% para estudantes de escola pública e 15% para os alunos de escola pública que se declararem negros ou pardos.

Por Adriano Lesme