Fundada em 1976, a Fundação Universitária Para o Vestibular (Fuvest) é uma das instituições de Ensino Superior mais tradicionais do Brasil. A cada ano, a Fuvest aprimora ainda mais o sistema de avaliação de estudantes que desejam ingressar no ensino Superior. E como em 2019 isso não seria diferente, o ano já começou com grandes novidades sobre a próxima seleção.
A segunda fase do Vestibular 2019 teve redução de três dias de prova para dois. Com isso, as provas discursivas serão aplicadas apenas nos dias 6 e 7 de janeiro. Desta forma, as questões de Português e a elaboração da Redação serão realizadas no primeiro dia. O segundo dia ficará para a avaliação de conteúdos específicos às carreiras escolhidas pelos candidatos. Nessa parte específica, o número de questões aumentou de duas a três para duas até quatro. O critério será definido por cada unidade da Universidade de São Paulo (USP).
A primeira fase do Vestibular 2019 permanece igual aos outros processo seletivos realizados pela Fuvest: 90 questões objetivas de conhecimentos gerais. Os candidatos participaram desta etapa no dia 25 de novembro.
Este ano a Fuvest informou, por meio de nota divulgada pela USP, que o objetivo de alterar a segunda fase é diminuir o cansaço com as provas e permitir que o candidato foque mais nas disciplinas cobradas na carreira escolhida. A organização também garantiu que não há prejuízo na seleção com a retirada das disciplinas gerais do Ensino Médio na segunda etapa do Vestibular.
Até o número de chamadas do Vestibular da Fuvest teve alterações. Antes, eram feitas seis convocações regulares. Agora, o número diminuiu para cinco. Também foram extintas as duas reescolhas - que eram processos de manifestação de interesse abertos após a sexta chamada - assim, eram realizadas até a 7ª e 8ª chamada.
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Reconhecimento Facil
Até a forma de identificação dos candidatos foi aperfeiçoada para evitar fraudes. No lugar da coleta da impressão digital dos estudantes, a Fuvest optou por um novo método: reconhecimento facial. Para que isso funcione corretamente, o candidata deve enviar uma foto para a Fundação, no momento da inscrição. A imagem coletada no dia da prova será confrontada com a foto anterior.
Ações Afirmativas
A partir deste ano também houve alteração na modalidade de concorrência. Já na inscrição, os candidatos deverão informar a carreira e o curso desejado, além de optar por uma das categorias: Ampla Concorrência (AC), Ação Afirmativa Escola Pública (EP) e Ação Afirmativa Preto, Pardo e Indígena (PPI). A Fuvest aderiu ao sistema de cotas em 2018, mas ainda não havia colocado a opção de escolha no momento da inscrição.
O Sistema de Seleção Unificada (SiSU) também contará com a reserva de vagas para cotistas. Neste caso, haverá a equiparação entre as oportunidades para cotas via Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e pelo Vestibular da Fuvest. Para ingresso em 2019, as cotas representam 40% das oportunidades da USP (considerando Fuvest e SiSU). Dentro deste percentual, 37,5% é para Pretos, Pardos e Indígenas (PPI).
Com a adoção do sistema de cotas, a Fundação extinguiu o Programa de Inclusão Social da USP (Inclusp), voltado para alunos da rede pública da Educação, assim como o Programa de Avaliação Seriada (Pasusp), que também deixou de existir. O Pasusp era um benefício exclusivo para estudantes do 2º e 3º ano do Ensino Médio, que sempre estudaram em escolas públicas, desde o Ensino Fundamental.
Quando vigorava, o Pasusp proporcionava aos participantes uma bonificação de até 20% na pontuação da 1ª fase do Vestibular da Fuvest. Do total, até 5% eram destinados para estudantes do 2º ano do Ensino Médio, que podiam acumular o bônus para o ano seguinte, enquanto 15% eram para os alunos do 3º.
Grandes mudanças
Assim como 2019, o ano de 2002 trouxe grande mudanças para o Vestibular da Fuvest. À época, a nota mínima de corte passou de 22 para 27; a nota da 1ª fase começou a ser considerada no cálculo da pontuação final; a proporção dos candidatos que passam para 2ª fase passou a ser de dois a três estudantes por vaga; o segundo dia de prova passou a ter 16 questões em vez de 20; e a partir da 3ª chama tornou-se possível a alteração da opção de curso.
Além disso, foi reduzido o enunciado das questões, o que tornou o fluxo de leitura e resolução mais fácil e rápido. Na matemática, as fórmulas para os cálculos passaram a ser fornecidas, assim como o significado das palavras pouco utilizadas dos textos de português.
A prova de Língua Estrangeira - Inglês, que antes era a maior eliminadora do Vestibular, passou a ter uma questão a menos na prova objetiva e foi eliminada do exame discursivo, o que permitiu que os candidatos tivessem mais chances de serem aprovados.