Enem substituirá Enade no primeiro ano dos cursos superiores

Prova avaliará os conhecimentos dos estudantes que ingressam nas universidades.

Em 28/04/2016 18h27 , atualizado em 28/04/2016 18h32
Por Lorraine Vilela Campos

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será um dos meios de avaliação do ensino superior. Os resultados serão utilizados para medir o conhecimento dos estudantes em início de graduação. Para os concluintes, o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) permanece sendo aplicado no último ano. 

Anteriormente, as instituições de ensino faziam a inscrição de seus calouros e estudantes do último ano, nos cursos determinados no calendário do Ministério da Educação (MEC) para cada ano, mas os iniciantes costumavam ser dispensados da realização das provas. 

Objetivo

A inclusão do Enem na avaliação do ensino superior faz parte das ações do Indicador da Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD), método que fará a comparação dos resultados do exame, quando o estudante ingressa no curso, com o conhecimento adquirido ao longo da graduação por meio do Enade. 

Mudanças

Outra mudança pretendida pelo Inep é a revisão do Enade. O modelo atual compara os resultados de determinada instituição comparando-os com os resultados alcançados pelos cursos de suas concorrentes. A nota final, a qual varia de 1 a 5, leva em consideração a equiparação dos desempenhos. 

A saída para o fim da nota por comparação é o estabelecimento de níveis de avaliação, os quais ainda serão definidos. 

Outra medida prevista pelo Inep é a mudança do modelo de avaliação do ensino superior como um todo. Atualmente, o Enade corresponde a 70% do chamado Conceito Preliminar de Curso (CPC), o qual é parte do cálculo do Índice Geral de Cursos (IGC). Tais métodos compõem o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). 

O objetivo do órgão é a substituição do CPC pelo Índice de Desempenho dos Cursos (IDC), o qual levará em consideração as mudanças do Enade e as taxas de conclusão, permanência e desinstência nas graduações, além do desenvolvimento dos professores. 

O IGC, por sua vez, será substituído pelo Índice de Desempenho Institucional (IDI), o qual pretende considerar outros indicadores e as atividades de extensão desenvolvidas pelas universidades. 

Se as alterações e os novos indicadores forem aprovados, as mudanças passam a valer ainda neste ano do Enade. A análise das propostas são feitas pelo Inep, pelas Secretariais do MEC, representantes de instituições de ensino superior e o Conselho Nacional de Educação, além de outras entidades. 

Por Lorraine Vilela
Com informações da Agência Brasil