25 anos do Enem: especialista em educação explica influência do exame

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No próximo domingo, 20 de agosto, o Enem completará 25 anos de sua criação

Em 18/08/2023 16h44 , atualizado em 18/08/2023 16h44
Por Tiago Vechi
As notas do Enem podem ser utilizadas para concorrer a vagas em cursos de graduação em todo o país.

O Enem completa 25 anos neste domingo (20). O exame influenciou nos currículos escolares para contemplar as competências e habilidades exigidas na avaliação, apontam especialistas.

Desde sua primeira edição, realizada em 20 de agosto de 1998, o exame passou por mudanças no formato de aplicação. 

Conversamos com Pedro Rocha, diretor de Ensino da Rede Pensi, para compreender a influência do exame para a educação. 

Confira também: 25 anos do Enem: o que mudou no exame?

Enem como vestibular e a educação brasileira

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tinha por objetivo avaliar os estudantes do ensino médio brasileiro. Mas, desde as primeiras edições, algumas instituições de ensino superior passaram a utilizar o desempenho do exame como forma de seleção para cursos de graduação.

Em 2004, com a criação do Programa Universidade para Todos (ProUni), o exame possibilitou com que pessoas pudessem concorrer a bolsas de estudo em faculdades particulares. 

A oportunidade de entrar em uma universidade pública por meio do Enem ocorreu a partir da criação do Sistema de Seleção Unificada (SiSU).

Com o passar do tempo, o Enem começou a ser um dos maiores vestibulares do mundo e , consequentemente, o maior do Brasil.

Mas, como isso afetou o resto da educação brasileira? O professor, Pedro Rocha, afirma que as escolas, os cursos e os sistemas de ensino tiveram de adaptar seus currículos e programas acadêmicos para atender as competências e habilidades exigidas na prova. Principalmente, as instituições voltadas para o ingresso nas universidades.

Por que o número de inscritos no Enem reduziu?

Pedro destaca os motivos da redução de inscritos no Enem:

  • Regras mais arrojadas para isenção na taxa de inscrição;

  • Crescimento da oferta de universidades privadas e programas de financiamento;

  • O retorno de algumas universidades públicas com seus vestibulares próprios.

O Enem já chegou a ter quase 9 milhões de inscritos (número próximo ao maior vestibular do mundo, o chinês GaoKao). Mas, a quantidade de participantes registrada nas edições mais recentes foi em média de 3 a 4 milhões.

Enem e as desigualdades

O Brasil é um país de proporções continentais e com várias realidades econômicas diferentes. Por isso, aplicar um exame nacional impõe diversos desafios que exigem soluções eficientes.

Esses problemas estão sendo resolvidos? Segundo o diretor, muitos avanços foram feitos para enfrentar os problemas que se apresentaram, mas ainda é necessário progresso. 

Por exemplo, desde o vazamento de informações em 2009, o processo de sigilo se desenvolveu bastante. Pedro também comenta dos esforços feitos para realizar a prova em um só final de semana. 

Por fim, o educador ressalta as dificuldades que ainda existem para alcançar populações distantes, pessoas privadas de liberdade e para fornecer condições necessárias para quem precisa de um atendimento específico. 

Enem e as grades curriculares

O Enem acabou se tornando o vestibular mais importante do Brasil, mas como isso influencia nas grades escolares? Veja o que Pedro Rocha respondeu:

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