O suicídio é um dos problemas de saúde pública mais preocupantes no Brasil. Aproximadamente 32 pessoas cometem suicídio por dia no país, número superior ao óbito por doenças como a Aids e vários tipos de Câncer.
Com o objetivo de conscientizar a população e alertar para o alto número de suicídios, o Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (IASP) se uniram e criaram, em 2015, o “Setembro Amarelo”. Desde então, diversas ações são realizadas com foco na prevenção.
O maior problema do suicídio é que ainda trata-se de um tabu. Falar no assunto é raro e as pessoas têm medo de procurar ajuda por receio do preconceito da família, dos amigos e profissionais da saúde sobre as dificuldades que vêm enfrentando.
Depressão x Suicídio
Muitas são as causas que podem levar ao suicídio, como perda da principal fonte de renda, doença ou morte na família, relacionamentos abusivos e problemas psiquiátricos. No entanto, a principal doença ligada à falta da vontade de viver é a depressão.
O problema da depressão é que muitas vezes seu diagnóstico é tardio, seja por falta de informação, dificuldade de acesso a tratamentos especializados, medo ou preconceito.
A depressão é uma doença e precisa ser tratada, ela atinge todas as idades e classes sociais. O senso comum mais atrapalha do que ajuda, já que muitos conselhos equivocados dificultam o reconhecimento dos sintomas e atrasam a procura por tratamento.
O silêncio do depressivo é algo perigoso. A doença tira a vontade de viver, afasta a pessoa do convívio com parentes e amigos, dificulta o desenvolvimento de atividades de trabalho e lazer, deixando a pessoa cada vez mais isolada.
Os sinais de que uma pessoa depressiva pensa em tirar a própria vida são perceptíveis, mesmo que de forma singela. Por isso, o “Setembro Amarelo” é importante para falar sobre um assunto tabu igual ao suicídio e as doenças que podem levar alguém a esse ato, como é o caso da depressão. As ações mostram que conversar é preciso, que buscar ajuda não é fraqueza e que o apoio emocional da família, amigos ou cônjuge é necessário para que o tratamento tenha melhor resultado.
Você pode conhecer mais sobre o Setembro Amarelo neste site. A página traz depoimentos de diversas pessoas sobre o assunto e também possui um canal de contato com a equipe do CVV. O Centro de Valorização da Vida também conta com atendimento 24h pelo telefone 141.