[Sem título] - Banco de redações

Carolina Maria de Jesus, em seu diário publicado “Quarto de Despejo”, relata uma trajetória sofrida que é vivida por ela e tantas outras milhares de mulheres no país. Mãe solo e trabalhadora, tenta equilibrar os cuidados da casa e o ofício fora dela. Essa realidade, embora cause comoção pela situação econômica da família, não tem o mesmo efeito relativo ao papel central feminino. Isso ocorre porque a normalização dessa situação leva à invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher. Para que haja mudanças nesse cenário, é necessária a superação dos principais desafios: a criação problemática dessas meninas e o reforço cultural desses ideais. (Formulou a tese)

Nesse viés, a educação feminina, desde a infância, é pautada no cuidado com o próximo. As meninas, assim que nascem, recebem bonecas que devem ser tratadas como filhas, além de serem reprimidas caso não cumpram sua tarefa devidamente. Dessa forma, é passado adiante esse comportamento compulsório para elas, de forma que sequer se questionem sobre suas funções. O sentimento “maternalista” é a principal justificativa para a delegação de afazeres domésticos à mulher, com a afirmação de que os homens não possuem esse “tato feminino”. No entanto, além da gestação e da amamentação, nenhum fator biológico é suficiente para comprovação dessa tese. Aliás, a entrada da mulher no mercado de trabalho e a divisão de tarefas no casamento da modernidade confirmam que esse é um traço comportamental atribuído ao sexo feminino ao longo das gerações. (Melhore a apresentação da discussão)

(Boa estratégia coesiva) Ademais, essa invisibilidade do trabalho do cuidado realizado pela mulher é reforçada pelas produções culturais. Por exemplo, as “sitcoms” americanas, geralmente com temática centrada na família, possuem um modelo tradicional e bem-quisto: mulher “do lar”, cuja função é cuidar da casa, e homem trabalhador, cuja função é prover à casa. É comum, também, filmes que elogiam a capacidade da mulher de ter uma profissão - seja ela formal ou não - e cuidar dos afazeres domésticos, ou seja, que reforçam o ideal de que é honroso ser explorada fora e dentro de casa. Esses estereótipos refletem na sociedade de forma expressiva e dificultam a visão de uma realidade diferente da atual. (Melhore a apresentação dessa discussão)

(Boa estratégia coesiva) Com tais fatos, evidencia-se a necessidade de superação dos desafios para enfrentar a invisibilidade do trabalho do cuidado feito pelas mulheres. Para tal, o MEC (Desenvolva a sigla), em parceria com os governos estaduais, deve promover palestras e formações às crianças nas escolas, para que o papel da mulher como “cuidadora” seja desmistificado. Isso pode ser feito por meio de vídeos explicativos e relatos pessoais, pois, assim, jovens meninas entenderão seus direitos e compreenderão mais claramente como realizar a divisão de tarefas de forma justa. (Proposta completa)