“Um corpo com mais androgênio tem vantagem de desempenho”. Foi o que disse Aaron Baggish, médico, ao se referir à competições de atletismo. É um fato científico, sim. Contudo, obrigar uma mulher a comprovar que é mulher, para assim permitir sua entrada em provas de atletismo, é uma atitude deplorável, e é o que aconteceu com Semenya, atleta sul-africana. Nota-se, dessa forma, um problema, cujo se respalda na discriminação e em uma visão deturpada no tocante à igualdade de condições. (Muito bem. Apresentou a tese)
(Boa estratégia coesiva) Primeiramente, é importante salientar que há, sim, discriminação por parte da Federação Internacional de Atletismo (FIA), e ela ocorre com atletas do sexo feminino cujo sofrem de transtorno de desenvolvimento sexual. No caso de Semenya, não foi apenas ela a mulher tratada de forma diferente, mas foi por conta dela (Melhore a apresentação dessa discussão). De acordo com a BBC, a decisão de aplicar exames para verificar o sexo dos indivíduos se restringiu apenas às modalidades em que Semenya se destacava. Por certo ela foi o alvo dessa medida da FIA e, portanto, foi discriminada. (Argumentação limitada)
(Boa estratégia coesiva) Ademais, uma visão deturpada da FIA no que fiz respeito à igualdade de condições se faz presente. Segundo Aristóteles, filósofo da antiguidade, a verdade é encontrada a partir das evidências. Em relação ao caso de Semenya, a evidência é o fato dela ser punida por ter traços biológicos diferentes, e a verdade é que ela teve sua capacidade máxima reduzida para, supostamente, deixá-la de igual para igual com outras participantes. Entretanto, não há igualdade de condições se um dos envolvidos tem seu potencial reduzido. Desse modo, percebe-se que a visão da FIA em relação a isso deve mudar. (Argumentação limitada)
(Boa estratégia coesiva) Em suma, uma mulher ter que provar que é mulher é, de fato, um óbice. Integrantes da sociedade ─ como a imprensa e os defensores da causa de Semenya ─ (Muito bem. Apresentou o agente) devem pressionar a FIA com o intuito de fazê-la parar com os exames e com a aplicação de remédios redutores de testosterona. Essa pressão seria realizada por meio de redes sociais como o Twitter, por exemplo. Sendo assim, haveria maior igualdade de condições em competições de atletismo e nenhuma mulher precisaria comprovar ser mulher. (A proposta de intervenção está incompleta)
Comentários do corretor
As discussões precisam ser mais exploradas ao longo do desenvolvimento, evitando uma argumentação limitada. Não deixe de exercitar a sua escrita.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 150 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 150 | Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 100 | Nível 3 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, limitados aos argumentos dos textos motivadores e pouco organizados, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 150 | Nível 4 - Elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 750 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |