A mulher no esporte (e fora dele) merece respeito - Banco de redações

A Constituição federal de 1988 assegura a todos uma vida sem discriminação. No entanto, tal garantia é deturpada, haja vista o preconceito sofrido pelas mulheres no esporte, em especial a ação discriminatória da World Athletics, que exige que as atletas com um nível elevado de testosterona provem que são do sexo feminino. Esse problema advém, sobretudo, da imagem feminina extremamente estereotipada e da falta de debates sobre o assunto. (Muito bem. Apresentou a tese)

(Boa estratégia coesiva) Em primeira análise, a padronização do conceito de feminilidade é uma causa latente do problema. É inegável que, mesmo com o sucesso dos movimentos destinados à igualdade de gênero, a figura feminina de fraca e submissa-construída durante toda a história da humanidade-ainda é presente no mundo hodierno, o que corrobora com a desvalorização da mulher no mercado de trabalho, sobretudo nos esportes, que ainda é padronizado como atividade masculina. Tal senário reforça a ideia da filósofa Simone de Beauvoir, que diz (Dois pontos) “a humanidade é masculina, e o homem define a mulher não em si, mas relativamente a ele, ela não é considerada um ser autônomo”. Desse modo, a sociedade machista insiste em limitar as mulheres em prol de benefícios pessoais, o que precisa ser mudado. (Explore o argumento com mais produtividade)

(Boa estratégia coesiva) Ademais, o silenciamento é outro fator responsável pelo impasse. Segundo o filósofo Foucault, na sociedade pós-moderna muitos temas são silenciados para que estruturas de poder sejam mantidas. Sob essa ótica, grandes empresas que detém poder silenciam situações problemáticas para que não percam seu prestígio, assim como ocorre com a World Athletics, que minimiza o caso para preservar sua influência mundial. Em consequência disso, casos como esse não chegam a ser pautados amplamente, o que colabora com a persistência da mazela, além de dificultar sua resolução. (Bom parágrafo de desenvolvimento)

(Boa estratégia coesiva) Portanto, uma intervenção faz-se necessária. Cabe, então, ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos-responsável por assegurar os direitos da mulher-, (Muito bem. Apresenta e faz o detalhamento do agente) promover uma campanha nacional destinada a combater o machismo e estimular o esporte feminino. Essa campanha deve ser feita através da mídia, onde mulheres esportistas devem retratar situações machistas vivenciadas por elas, além de divulgar a situação em que a World Athletics submeteu as atletas para divulgar o caso e exemplificar o preconceito vivenciado pelas esportistas, a fim de que o problema seja superado e que as mulheres vejam o mundo dos esportes aberto para elas. Dessa forma, a discriminação será cada vez menos presente na sociedade brasileira.