Imagine-se na seguinte situação: fim de mais um dia de trabalho, você está cansado, a temperatura não é das melhores, um verdadeiro mormaço. Quando você para no semáforo, o motorista do automóvel que está à sua frente esquece as sinaleiras acessas. Paulatinamente, uma incômoda dor de cabeça, devido à infringência do colega de trânsito, começa a lhe perturbar. Quem não se estressaria nesse caso?
São por motivos como este que motoristas “com a cabeça quente” cometem certas atrocidades, partindo para a violência moral ou física, sem saber se o companheiro de trânsito tem conhecimento do erro que está cometendo. Embora inúmeros automobilistas executem certas atitudes apenas para provocar os demais, outros acabam sendo vítimas inocentes dos “estressadinhos”. Como acabar com isso? As políticas públicas existentes recomendam resolver esses problemas com base num diálogo. Porém, qual o motorista que após receber um “aperto” de outros automóveis, levar uma “batida” na lataria de seu carro novo, ouvir chingamentos de toda a espécie dos outros motoristas, resolverá isso com uma conversação? Existem, mas são raros os indivíduos que conseguem solucionar o problema desta forma. Já a maioria opta por resolver na base na violência, seja ela verbal ou através de danos físicos.
Seria responsabilidade do governo? A superpopulação de automóveis contribui para esses eventos tão indesejados no cenário do trânsito? A resposta para essas duas indagações seria sim. O governo brasileiro poderia criar políticas eficientes de fiscalização para evitar que houvesse brigas no trânsito. De que forma? Implantando pontos policiais nos trechos mais movimentados das rodovias do território brasileiro. Desta maneira, dois problemas sociais do Brasil seriam amenizados: a violência no trânsito e o desemprego, já que iria ser necessário um número significativo de policiais para fazer a fiscalização, e para suprir essa demanda, novos agentes iriam ser contratados.
No Brasil existe cerca de 65 milhões de automóveis em circulação. Algo que, inegavelmente, contribui com a violência no trânsito, pois quanto mais carros existir, maiores são as chances de haver possíveis desentendimentos entre motoristas. Esse número não só favorece com o “stress” dos dirigentes de automóveis, como também facilita a formação de engarrafamentos, um problema muito comum nas grandes metrópoles brasileiras. E são nesses casos que acontecem as “querelas” entre colegas de direção, uma vez que ficar preso em um engarrafamento acaba gerando um stress nos motoristas, ainda mais naqueles que tem compromissos agendados. Além desses dois fatores ocasionados pela frota brasileira de automóveis, há também a inquestionável contribuição para o agravamento do efeito estufa, pois a fumaça emitida pelos carros é altamente prejudicial para a saúde do planeta Terra.
Por fim, colocaremos na prática essas medidas para ver, de fato, se elas adiantariam: tomemos como exemplo o caso do gaúcho que atropelou os ciclistas no dia 25 de fevereiro. Se existissem pontos policiais próximo do local do acidente, eles ao menos poderiam informar se o atropelador realizou a atitude por legítima defesa ou não, e talvez até evitar que ocorresse o episódio. Afinal, o que mais de 100 ciclistas estariam fazendo no trânsito? Um manifesto para que a população utilize bicicletas no trânsito? Sejamos realistas, é impossível substituir o automóvel pela bicicleta, pois mesmo ela sendo um meio de transporte ecologicamente correto e saudável para o ser humano, ela apresenta suas limitações. Por exemplo, como um funcionário que deve vestir-se com terno iria se deslocar de casa até o serviço usando a bicicleta?
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Competências avaliadas
Item | Nota | |
Conteúdo | Avalia se o texto corresponde às expectativas geradas pela proposta do tema. Assim como no vestibular, aqui a redação que fugir ao tema proposto será anulada | 1 |
Estrutura do texto | Avalia se o usuário consegue fazer uma boa utilização dos parágrafos e dos demais recursos de construção de texto | 2 |
Estrutura de ideias | Avalia se o usuário consegue organizar seu pensamento de forma a defender seu ponto de vista e permitir ao leitor a compreensão de seu texto | 1.5 |
Vocabulário | Avalia se o usuário consegue evitar a repetição de palavras durante o texto e compreendê-las, utilizando-as corretamente no que tange ao seu significado | 1.5 |
Gramática e ortografia | Avalia se o usuário escreve de acordo com as normas ortográficas vigentes no país. | 1.5 |
NOTA FINAL: | 7.5 |
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