O SISTEMA IMUNOLÓGICO É A ÚNICA ARMA CONTRA O ZICA.* - Banco de redações

Até 1947 ninguém sabia da existência do vírus zica zika. Naquele ano, pesquisa com um macaco-sentinela, no meio da floresta Zica Zika, em Uganda, que tinham como objetivo monitorar a circulação do vírus da febre amarela, trouxe como descoberta colateral a detecção do vírus zica zika na amostra de sangue do macaco febril.  

Em 2014, o Brasil começa a ter os primeiros humanos infectados com o vírus zica, mas acreditou-se que a gravidade da doença era pequena. Sendo considerada moléstia branda e sem maiores consequências para a maioria das pessoas(,) pouco se reportou sobre o fato nas mídias tradicionais e alguns jornais o chamaram de “dengue leve”. Ocorre que em 2015, no estado do Pernambuco, houve um aumento no nascimento de crianças com microcefalia e aventou-se a chance dos embriões terem sido expostos ao vírus zica zika em algum momento da gestação e, por este motivo, nasceram com tal anomalia.

Não podemos afirmar que a exposição ao vírus zica zika seja o fator único e principal para o aumento de microcefalia no país, mas ficou provado que algumas crianças microcefálicas estiveram, sim, expostas ao vírus. Como há mais dúvidas que certezas em torno do vírus se comportar de modo igual ao de outros exemplares da mesma família e que são transmitidos pelo Aedes Aegypit aegypti, a população vê a reprodução humana em risco. Os órgãos de saúde deixam claro que é impossível eliminar em definitivo o mosquito e orientam uso de repelente, adiamento de gestação, enquanto retomam as campanhas de combate aos criadores criadouros das larvas de forma idêntica as a de momentos menos preocupantes.

Enquanto não se avançam nas certezas quanto ao potencial deletério do vírus sobre o cérebro humano, há quem veja na exposição ao vírus antes que as mulheres entrem no período reprodutivo uma forma de erradicar o problema. Querem que o sistema imunológico seja responsável por algo que cabe à política de saúde pública.