O vírus causador da zika já é conhecido há mais de 50 anos, mas nunca teve importância médica devido à baixa gravidade dos sintomas nos doentes. No entanto, desde que foi associado ao alto número de casos de microcefalia em bebês recém-nascidos, seu combate tornou-se preocupação mundial.
O vírus foi descoberto em 1947, na floresta de Zika, em Uganda, na África, daí o seu nome. É transmitido pelo mosquito “Aedes Aegypti”, o mesmo que transmite dengue, chikungunya e febre amarela. Há ainda suspeitas de que o zika seja transmitido também por relação sexual e pela saliva, mas ainda são necessários mais estudos para confirmação. Os doentes em geral apresentam sintomas leves: febre baixa, coceira e manchas pelo corpo, que desaparecem em poucos dias. Cerca de 30% dos infectados são assintomáticos e o índice de mortalidade é bem mais baixo que o das outras doenças transmitidas pelo Aedes. A zika só passou a receber atenção quando, no final de 2015, foi associada a casos de microcefalia, ocorridos principalmente em Pernambuco, onde grande parte das mulheres que tiveram crianças com o problema relataram sintomas de zika durante a gravidez.
A partir dessa associação e de suas graves consequências, o combate ao vírus tornou-se prioridade da saúde mundial. A maioria dos casos é no Brasil, mas devido à facilidade de disseminação, outros países estão tomando providências para evitar que sejam atingidos. Como o desenvolvimento de uma vacina demorará pelo menos dois anos, o único meio de combate atualmente é evitar a proliferação do mosquito transmissor, que se reproduz rapidamente e se adapta a qualquer ambiente de maneira muito fácil. Devido a essa característica, já se considera impossível sua erradicação completa. Por isso, a fim de evitar a disseminação da zika e também das outras doenças transmitidas pelo Aedes, é fundamental que o estado e a sociedade se envolvam e atuem juntos. O estado, com campanhas de esclarecimento, disponibilização de agentes de combate ao mosquito e prestação de assistência aos bebes com microcefalia e às suas famílias. À sociedade cabe seguir as recomendações do estado, eliminar os locais de reprodução do mosquito e, principalmente mulheres grávidas, usar repelentes e proteger partes expostas do corpo.
Portanto, a responsabilidade no combate ao Aedes é de todos. Os meios para evitar sua proliferação são bem conhecidos e fáceis de implementar, como eliminar recipientes com água parada, que é onde o mosquito deposita seus ovos. Se cada um fizer sua parte, o mosquito será derrotado e os casos de doença serão reduzidos ao mínimo.
Comentários do corretor
Bom texto. Aborda o tema proposto de forma clara, objetiva, coerente, crítica e bem desenvolvida, além de demonstrar domínio da norma padrão escrita.
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 2.0 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 2.0 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
NOTA FINAL: | 10 |
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