- Banco de redações

        A identificação do Zika vírus ocorreu em 1947, na África, como um agente causador de uma doença branda, caracterizada por manchas vermelhas, febre e dor de cabeça. No Brasil, em 2015, ocorreram os primeiros registros de microcefalia em associação a esse patógeno, e, em um curto espaço de tempo, observou-se uma rápida proliferação da doença , viabilizada pelos hábitos urbanos e hematófagos do transmissor e pelo fato de que as larvas de fêmeas contaminadas já eclodem portando o vírus(,) além  do possível potencial estudado pela Fiocruz de contaminação pela saliva e urina.

       Porém, conforme Maquiavel, mesmo situações importunas como essa podem ser solucionadas caso o governante seja dotado da “Virtú”, habilidade de contornar as ocasiões adversas. A falta de suporte hospitalar público e a incapacidade de controle, não apenas federal , mas também regional das áreas endêmicas do Zika vírus, com a permanência de um discurso contrário a à gravidez sem o fornecimento de suporte para os casos de gravidez inesperada, como a possibilidade de aborto, intensificam o desconforto social  da doença. A própria legislação deve ser revista, pois dificulta a troca de material genético e, logo, a cooperação internacional no estudo da epidemia .

        Portanto, fica claro que a perturbação social gerada pelo Zika Vírus relaciona-se a à falta de medidas de combate ao Aedes aegypti  e apoio aos infectados pela doença . Dessa forma, o controle físico, com a eliminação dos criadouros do mosquito , (;) biológico ,com a introdução de machos com descendentes inférteis , (;) e químico , com a difusão de inseticidas ,deve ser executado pelo Governo em associação com escolas e universidades. A Secretaria de Saúde deve ampliar o suporte hospitalar a  gestantes portadoras do vírus por meio da ampliação do acesso frequente a  ultrassons. Cabe ao Congresso Nacional a regulamentação do intercâmbio de materiais para estudos da doença e do aborto no caso de gravidez com risco de microcefalia, como um direito reprodutivo  defendido pelo comissário da ONU Ra’ad Al Hussein.