Saiba regras para trabalhar com visto de estudante nos principais destinos

Entenda como funciona e as regras para trabalhar com visto de estudante nos principais destinos

Entre os principais destinos para trabalhar com visto de estudante está Irlanda e Austrália.
Crédito da Imagem: Hotcourses Brasil

Trabalhar enquanto você estuda no exterior tem duas grandes vantagens. A primeira delas, claro, é financeira - um salário ajuda imensamente a se manter no país, em especial considerando que os gastos com estudos e custo de vida são em moeda estrangeira. A segunda é adquirir experiência profissional no exterior, não só uma excelente forma de aplicar na prática a teoria aprendida em sala de aula, como de dar início a uma carreira internacional.

No entanto, cada um dos principais destinos de estudo possui regras diferentes para trabalhar com um visto de estudante. Entendê-las será essencial para não correr o risco de perder o seu visto por desrespeitar as leis. Por isso, resumimos aqui as principais informações dos seis grandes destinos de estudo anglófonos do mundo.

Estados Unidos

Estudantes internacionais com visto F-1 (estudante acadêmico e vocacional) podem trabalhar por 20 horas semanais durante o ano letivo nos Estados Unidos e em período integral durante as férias. 

Durante o primeiro ano de curso, os estudantes têm permissão apenas para trabalhar dentro do campus da instituição. Neste caso, devem ser empregados pela própria universidade ou por uma organização que tenha um contrato para atender seus alunos. A partir do segundo ano, podem fazer um Curricular Practical Training (CTP), desde que o trabalho seja diretamente relacionado à sua área de estudo.

Alunos internacionais com visto M-1 (estudante vocacional) não podem trabalhar nos Estados Unidos.

Canadá

Durante o período letivo, estudantes internacionais integrais no Canadá podem trabalhar até 24 horas por semana fora do campus e por horas ilimitadas dentro do campus com uma study permit. Nas férias, têm permissão para trabalhar em período integral.

Embora as regras sejam bastante flexíveis, inclusive a quantidade de horas semanais, alunos internacionais matriculados em cursos de idioma no Canadá, assim como nos Estados Unidos, não podem trabalhar.

As condições para que os alunos trabalhem no Canadá são as seguintes:

  • A study permit deve declarar explicitamente que o aluno tem permissão para trabalhar dentro ou fora do campus;

  • O curso deve ser acadêmico, vocacional ou profissional e resultar em um diploma, grau ou certificado.

Reino Unido

A maioria dos estudantes internacionais matriculados em período integral em universidades no Reino Unido pode trabalhar até 20 horas por semana durante o período letivo. Durante as férias e em estágios, tem permissão para trabalhar em período integral. Os alunos internacionais matriculados em meio período não podem trabalhar.

As regras quanto ao tipo de trabalho são bastante permissivas: você pode trabalhar dentro ou fora do campus, inclusive como voluntário, desde que não seja autônomo ou empregado como esportista ou artista.

Outro fator importante é que sua instituição deve ter oficialmente o status de "track record", confirmando seu histórico de oferecer educação de alta qualidade, atender aos padrões regulatórios e manter resultados acadêmicos distintos. O status, frequentemente, qualifica a instituição para certos privilégios, como patrocinar estudantes internacionais (por isso as universidades são chamadas de Sponsor, ou patrocinador) e proporcionar experiências de trabalho durante os estudos.

Caso esteja matriculado em algum curso de ensino superior, mas abaixo do nível de uma graduação de acordo com o Regulated Qualifications Framework (RQF), só tem autorização de trabalhar por dez horas semanais durante o ano letivo.

Irlanda

A Irlanda é um dos destinos de estudo com regras de trabalho mais favoráveis para estrangeiros. Estudantes internacionais com um Stamp 2 (visto de estudante) vindos de fora do Espaço Econômico Europeu (EEE) podem trabalhar na Irlanda por até 20 horas semanais durante o ano letivo desde que estejam matriculados em período integral em um curso de, no mínimo, um ano de duração listado no Interim List of Eligible Programmes (ILEP). 

Entre 15 de dezembro e 15 de janeiro e entre 1º de junho e 30 de setembro, quando acontecem as férias letivas, têm permissão de trabalhar por 40 horas semanais. 

Estudantes de fora do EEE podem trabalhar dentro ou fora do campus em quase qualquer emprego, mas não podem ser autônomos.

Austrália

A maioria dos estudantes internacionais na Austrália pode trabalhar por até 48 horas quinzenais durante o período letivo e em período integral durante as férias. Este é o caso de estudantes vocacionais, de graduação e da maioria dos estudantes de pós-graduação. Para quem faz um mestrado por pesquisa ou um doutorado, as horas de trabalho são sempre ilimitadas.

Não há limites também para o tipo de trabalho, permitindo, inclusive, trabalho autônomo, voluntariado e posições dentro ou fora do campus.

Nova Zelândia

Se o seu curso na Nova Zelândia for de, no mínimo, dois anos de duração em período integral, você pode trabalhar por até 20 horas semanais durante o ano letivo.

Para trabalhar por horas ilimitadas durante as férias, o seu curso deve ter no mínimo um ano de duração e valer 120 créditos acadêmicos.

Estudantes de inglês podem trabalhar se o curso tiver duração mínima de 14 semanas em um provedor de Categoria 1.

Já os estudantes internacionais de mestrado e doutorado não têm restrições de horas de trabalho na Nova Zelândia.

Você pode trabalhar em qualquer função, inclusive como voluntário e em estágio relacionado à sua área de estudo, desde que não seja autônomo.

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