Veterinário

Conheça mais da vida profissional na área da veterinária lendo a nossa conversa com Plínio Azevedo
Por Tiago Vechi

Veterinário trabalhando - vida profissional
Trabalhar como veterinário exige muito mais que gostar de animais
Crédito da Imagem: Shutterstock
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A veterinária traz saúde aos animais e gratidão às pessoas, justamente por cuidar dos bichos, ela exige muita humanidade. Aqueles que sentem o desejo de cuidar, de curar, provavelmente, sente-se atraídos pelas atribuições destes profissionais.

Entretanto, nem só de belezas vivem os veterinários, é uma vida profissional que impõe os seus desafios. Para compreender melhor como é a vida profissional desta área, conversamos com Plínio Azevedo, formado em veterinária pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e, hoje, atua como Coordenador Técnico de Nutrição Animal GO/MT na Agroline.

Veja o que ele nos contou e saiba se a veterinária é mesmo para você!

Plínio Azevedo / Créditos: Acervo Pessoal

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A escolha pela veterinária

Questionamos Plínio qual foi a razão dele ter escolhido a veterinária para trabalhar. Ele respondeu que sempre teve esse desejo, desde os tempos de menino. 

Plínio refere a si como "o neto que sempre gostou de fazenda", nas férias escolares, era na chácara dos avós que ele se divertia. Diz que até tinha segundas opções nos vestibulares, mas o que ele queria mesmo era a veterinária.

Ele conta também do seu fascínio por cavalos, como esses animais o atraíram para esta área profissional. Mesmo que, posteriormente, tenha descoberto que os equinos não são o seu tipo preferido para trabalhar. 

Dia a dia como veterinário

O veterinário nos explica que sempre gostou dos grandes animais, mesmo que tenha estagiado um período com os pequenos (cães e gatos). 

Em sua trajetória, ele já trabalhou com reprodução de bovinos e, atualmente, ele trabalha com consultoria de fazendas. Plínio trabalha em uma empresa que tem um projeto de nutrição animal, ele diz que sua rotina tem dois tipos de atividade:

  1. As burocráticas, como planejamento das ações, desenvolvimento de produtos, bem como toda abordagem comercial.
  2. ⁠E a parte prática, com a assistência nas fazendas, onde realiza o diagnóstico das propriedades e faz o planejamento nutricional para cada situação.

Plínio explica que as fazendas funcionam como empresas e que seu trabalho visa mensuração de resultados para otimizar o lucro dos fazendeiros. Além disso, ele também trabalha com treinamento de equipes.

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Principais características de um bom veterinário

Plínio explica que muitas pessoas entram na veterinária porque gostam dos animais, mas que, na verdade, é preciso saber lidar com as pessoas para ser um bom veterinário. Ele diz:

"Pensando em pequenos animais, você lida com os tutores e tem muito sentimento envolvido. É como se você estivesse lidando com um filho da pessoa, então tem a forma correta de abordar e conversar ...

Agora, no meu caso, que trabalho com animais de produção, você precisa saber lidar com pessoas, mas principalmente pelo foco financeiro do negócio. São operações que envolvem alto investimento e a responsabilidade é grande. Qualquer equívoco pode gerar prejuízo para o produtor."

Plínio diz que são três coisas extremamente importantes para um bom veterinário:

  1. Gostar de pessoas
  2. Aprender a resolver problemas 
  3. Proatividade e capacitação contínua

Dicas para jovens que querem trabalhar com veterinária

A dica do Plínio para os vestibulandos que desejam entrar em veterinária é:

"Tem que saber diferenciar se o gosto por animais é basicamente relacionado ao afeto e se estão dispostos a vê-los doentes. Porque quando você fala em clínica, uma coisa é ser apaixonado pelos seus gatos, cachorros, outra coisa é ver esses animais sofrendo.

Na veterinária, dependendo da situação e do estágio da enfermidade, a eutanásia é permitida para que o animal não sofra mais. Então tem que colocar na balança e ver já de início se estão dispostos a passar por tais situações."