Após adiar as inscrições para o Vestibular 2013, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) informou nesta quinta-feira, 4 de outubro, que as provas da segunda fase, marcadas para os dias 2 e 3 de dezembro, também terão que ser adiadas. A expectativa é que os exames sejam realizados em janeiro de 2013. O adiamento não interfere na primeira fase, que continua sendo o Enem.
A decisão foi tomada depois de uma reunião entre o Ministério da Educação (MEC), pró-reitores de graduação e dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), realizada ontem, 3, em Brasília. Nessa reunião foi discutido o cronograma e outros detalhes para a implantação da Lei das Cotas, que deverá ser regulamentada nos próximos 15 dias.
Como o MEC não abre mão do texto da lei já valer a partir do ingresso para 2013, a UFPE terá que estudar formas de cumprir os 12,5% de vagas reservadas para cotistas no Vestibular 2013. Dessa forma, a universidade precisa de mais tempo para redigir o edital do processo seletivo. Ainda não há previsão de quando serão abertas as inscrições.
No final de agosto, a UFPE cancelou o sistema de bônus de 10% na pontuação final do vestibular para os candidatos que cursaram todo o ensino médio em colégios públicos. Como a reserva de vagas virou lei, não há motivos para existir uma bonificação para vestibulandos cotistas.
Para ingresso no próximo ano UFPE vai oferecer 6.961 vagas, sendo 870 exclusivas para os candidatos que cursaram integralmente o ensino médio em escolas públicas. Se for seguir a Lei das Cotas, metade das vagas reservadas será destinada aos vestibulandos com renda familiar por pessoa até um salário mínimo e meio e a outra metade para pretos, pardos e indígenas, de acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As vagas reservadas para a Lei das Cotas deverão ser preenchidas exclusivamente pelo desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ou seja, poderão ser retiradas do Vestibular 2013. A UFPE promete divulgar novas informações nas próximas semanas.
Por Adriano Lesme
