Países como os Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e vários outros usam um processo de admissão em universidades diferente do nosso brasileiro. É o chamado processo holístico. A palavra “holístico” é referente ao holismo, que significa o homem tem que ser entendido como um todo, como um ser não “divisível”. Portanto, neste tipo de processo no exterior o estudante deve ser avaliado por completo. Diferente do Brasil, que possui uma prova (o vestibular, o Enem, ou o vestibular e o Enem combinados, dependendo da instituição) como a única atividade de avaliação para a seleção de estudantes em instituições de ensino superior, as universidades nestes outros países avaliam os candidatos às vagas acadêmicas em vários aspectos e de diferentes formas.
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No processo holístico, existem também as provas; nos Estados Unidos, por exemplo, tem o SAT, o ACT, o GRE, e os exames de proficiências em inglês TOEFL e IELTS. E apesar do resultado atingido nestas provas seja importante, não é ele que irá decidir se você é admitido ou não; ele é apenas parte da decisão. O candidato ainda tem que escrever e submeter uma redação, chamada de essay ou personal statement, e nela, a secretaria de admissão da instituição espera que o estudante argumente sobre diferentes tópicos: de que forma a universidade irá ajudá-lo a atingir seus objetivos acadêmicos e pessoais, quais motivos o levaram a se inscrever naquela universidade em particular, de que forma ele poderá contribuir com a filosofia da instituição, etc. É a chance do estudante “convencer” a universidade de que deve ser admitido e ainda uma forma da universidade avaliar a argumentação e o conhecimento do inglês de cada candidato.
Além dos exames e da essay, o estudante precisa providenciar o histórico escolar, para que a instituição avalie as médias durante o ensino fundamental e médio, e também cartas de referências escritas por pessoas que o conheçam em âmbito escolar ou profissional. Algumas instituições realizam também entrevistas com cada candidato pessoalmente, por telefone ou Skype.
E apesar de parecer mais longo e complicado, o processo holístico é bastante justo. O estudante tem várias oportunidades de demonstrar o seu potencial, uma vez que é avaliado de diferentes formas e por completo. Se não atingiu um resultado muito com nas provas ou não conseguiu cartas de referências muito consistentes, pode caprichar na essay e na entrevista, ou vice-versa. Diferente dos nossos vestibulares: se o resultado na prova não foi bom, o candidato não é classificado e precisa esperar um ano inteiro para tentar novamente. E é por este motivo que, se o candidato à vaga acadêmica tiver reprovado um ano escolar (seja no ensino fundamental ou médio), ainda tem chances de ser admitido no exterior, caprichando em todas as partes da admissão e demonstrar ter recuperado o tempo perdido.
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Por Brenda Bellani