A edição 2014 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) chegou ao fim neste domingo, 9 de novembro, com as provas de redação, Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Matemática. O tema da prova discursiva, que era esperado com ansiedade, surpreendeu os candidatos.
Os 8,7 milhões de inscritos tiveram que discorrer sobre a "Publicidade infantil em questão no Brasil". O Vestibular Brasil Escola, em parceria com o Colégio Oficina do Estudante, de Campinas/SP, já está disponibilizando a correção comentada do segundo dia de provas. Confira:
Foram disponibilizados três textos motivadores para subsidiar a produção do texto dissertativo-argumentativo: um texto jornalístico que discute se a publicidade infantil deve ser proibida no Brasil, um infográfico sobre a publicidade para crianças no mundo, e outro texto sobre a criança como o consumidor do futuro.
Para o diretor pedagógico do Cursinho e Colégio Oficina do Estudante, Célio Tasinafo, os estudantes ficaram surpresos com o tema, a princípio, já que ele não integrava as hipóteses trabalhadas nos últimos meses pelos diversos pré-vestibulares e escolas do país. “Não acreditávamos nem que a propaganda, de modo geral, pudesse cair”, reforçou.
Por outro lado, Tasinafo acredita que os candidatos produziram o texto sem grandes dificuldades já que muitos deles tinham um embasamento das disciplinas de sociologia e filosofia, trabalhadas no ensino médio, para tratar desse aspecto. “Eles só precisavam tomar cuidado para não produzir um texto geral demais, já que a proposta era clara e específica, sem esquecer que a criança é um público muito sensível”, ressaltou.
O Oficina do Estudante analisou a proposta de redação e os comentários podem ser conferidos por meio deste link.
Correção
Os candidatos deveriam produzir um texto dissertativo-argumentativo de, no mínimo, 8 linhas e, no máximo, 30. Eles serão avaliados de acordo com cinco competências: domínio da norma-padrão da língua escrita; compreensão da proposta da redação e aplicação de conceitos de diversas áreas do conhecimento para desenvolver o tema; capacidade de selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações para defender um ponto de vista; conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação; e elaboração de proposta de intervenção ao problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Atualmente, a redação é corrigida por dois corretores, de forma independente. Uma nota entre zero e 200 é atribuída, por cada um deles, para as cinco competências. Se houver uma diferença significativa de 100 pontos entre as duas notas ou de 80 por competência, o texto produzido é encaminhado para um terceiro corretor. Se a discrepância persistir, ele é encaminhado para uma banca especial, formada por três membros, que atribuiu a nota final. No ano passado, o tema foi os “Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil”.
Por Wanja Borges