Mais uma chance - Banco de redações

Os altos índices de violência no nosso país não sé dão pelos crimes cometidos por jovens e adolescentes, mas pelo Estado não cumprir com suas obrigações básicas como: educação, moradia e saúde. Ao reduzirmos a idade dos inimputáveis, aumentaríamos a superlotação dos presídios e transformaríamos este jovens infratores em criminosos potenciais.

Segundo o Doutor em Ciência Política pela USP, Tulio Kahn, “Delinquência juvenil se resolve aumentando as oportunidades e não reduzindo a maioridade penal.” Partindo desse pressuposto fica claro que, enquanto o Estado não assumir que a responsabilidade por esses menores é sua,  nada vai mudar, o que se faz necessário é igualar as possibilidades, e subsidiar os elementos básicos, como educação, esporte, saúde e moradia, para ser um cidadão digno. Não se nasce criminoso ou infrator, porém alguns jovens vão pare para este caminho por não verem outras alternativas e encontram no crime a possibilidade de sair da margem da sociedade.

O nosso país possui uma das maiores populações carcerárias do mundo. Inserir um menor infrator em um lugar onde estariam sujeitos a todos os tipos de violência, ao consumo exacerbado de drogas e álcool, e a à mercê das facções que comandam destes locais o crime aqui fora(,) os transformariam em pessoas sem perspectiva alguma de futuro(.)  é preciso darmos mais uma chance para que estes façam novas escolhas. Não será a redução da maioridade que diminuirá os elevados índices de violência, pois nós estaríamos tratando apenas de uma parte do efeito, e não da causa em si. Sem contar que os nossos presídios são verdadeiras escolas do crime, onde menos de 1% das pessoas que por lá possam passam são reinseridas na sociedade.

Este é o momento de implantarmos não a redução da maioridade penal, mas um sistema eficaz, que traga os jovens de periferias e que convivem diretamente com a violência e o tráfico, e seus pais, para ONGs, associações e projetos socioeducativos, dando o direito de escolha a cada um deles, inserindo-o como parte importante da nossa sociedade. É necessários darmos a estes menores a possibilidade de escolherem o melhor caminho.