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Ao afirmar que “a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo”, Nelson Mandela deixa clara a importância que o processo educativo tem na transformação dos indivíduos. No entanto, o Brasil anda na contramão daquilo que é comum em países desenvolvidos, uma vez que, ao longo da história, não tem investido de forma pertinente na educação. Sem acesso ao conhecimento, crianças e jovens, via (de) regra, acabam se inserindo no mundo das drogas e criminalidade.

Nas últimas décadas, muito se tem discutido sobre a redução da maioridade penal no Brasil. Mediante os delitos cometidos pelos menores infratores, a sociedade tem clamado por punições mais severas para esses jovens. Se um menor é capaz de decidir o futuro do país através do voto, imagina-se que ele também possa responder judicialmente pelos seus atos.

De fato, reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos, fará com que a taxa de criminalidade no país entre em decréscimo, mas apenas por tempo limitado. Ora, se um jovem menor de 18 anos comete crimes hediondos, ele o faz, na maioria das vezes, por não ter tido acesso à educação, consequentemente por não ter ascendido socialmente. Isso certamente ocorrerá com jovens menores de 16 anos, o que torna inócua a discussão.

O verdadeiro problema da violência no país não são seus infratores, mas sim a falta de investimento educacional e projetos profissionalizantes que integrem esses adolescentes à sociedade.

Portanto, a redução da maioridade penal não irá sanar a marginalidade no Brasil. O Estado precisa criar programas que mantenham esses jovens na escola, sob pena de não se formarem cidadãos aptos a viver em sociedade. Somente investimentos maciços na educação, tornará tornarão o país desenvolvido, o que contribuirá diretamente para a redução da criminalidade.