Colocando a educação no século XXI - Banco de redações

No século XX, o mundo viveu uma grande transformação industrial e social com o surgimento de um modelo que teve como pauta a padronização da produção. Henry Ford pensava ser esse o único modelo capaz de atender a demanda exigida pela época. Similarmente, hoje, a educação declara que uma grade curricular "engessada e rígida" prepara o aluno para sua qualificação profissional. Nesse sentido, infelizmente, vivemos ainda no século XX e a reforma no currículo escolar se faz medida urgente.

É válido destacar, antes de tudo, que o real objetivo da educação de base e a do ensino médio é a preparação do aluno para o mercado de trabalho e o seu ingresso nas universidades. E tal preparo deve ser realizado de forma a unificar conhecimento necessário, o "obrigatório", com conteúdos diversificados que despertem interesses afins a cada estudante, como o cientista político Simon Schwartzman enfatizou. Dessa forma, o jovem terá sua verdadeira "identidade", pois estará apto e realmente qualificado para um mundo cada vez mais competitivo e exigente.

Perante tal fato, muitos criam "barreiras" dizendo que a mudança não trará resultados como o idealizado, visto que existem escolas técnicas profissionalizantes que não promovem a idealizada motivação no aluno. Entretanto, esses se esquecem de que os institutos existentes, em comparação com as escolas regulares, são em números muitos menores e que mesmo assim se destacam dos demais em relação às notas no Enem e no preparo para o mercado de trabalho. Exemplos para provar que a inserção de matérias específicas e o agrupamento das matérias básicas garantem resultados bons não faltam, já que grandes potências como a Grã-Bretanha e Alemanha fazem desse instrumento o sucesso de seus maiores cientistas, pesquisadores e desenvolvedores.

Nessa perspectiva, a reforma da grade curricular possibilitará a "flexibilização do modelo" e os alunos serão motivados a expandirem suas competências e sonhos. Assim, deixaremos a "padronização" fordista para enfim vivermos a realidade da diversificação e aprimoramento do saber, do século XXI. Mas, para isso ser concreto, o governo precisa colocar a reformar da educação como prioridade, além de promover juntamente com a sociedade a devida capacitação dos mestres e professores. Ademais, a mídia poderia(,) em parceria com o governo(,) criar programas que incentivem a criatividade e desenvolvimento do jovem. Desse modo, a educação que muda a sociedade, dita por Paulo Freire, será realidade.